Caracterização de um serviço de referência no atendimento fonoaudiológico a indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo

AUTOR(ES)
FONTE

Audiol., Commun. Res.

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/12/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo Buscou-se caracterizar e analisar os dados relacionados ao atendimento fonoaudiológico dirigido a crianças e adolescentes que realizaram avaliação e atendimento nos últimos 21 anos, em um serviço em que o atendimento clínico é sistematicamente associado à pesquisa e à formação profissional nos níveis de graduação e pós-graduação. Método Trata-se de uma pesquisa ex-post-facto, baseada na metodologia empírica exploratória longitudinal, com a utilização de prontuários para a coleta de dados. Resultados Somente 12% dos pacientes iniciaram o atendimento com 4 anos, ou antes desta idade; os que iniciaram o atendimento entre 4 e 9 anos representaram 74% e 14% iniciaram a terapia fonoaudiológica com mais de 10 anos de idade. Dentre os 340 pacientes analisados, 81 (24%) realizaram um ano ou menos de terapia. Conclusão Foi possível observar que a média da idade no momento de busca pelo serviço tem ocorrido tardiamente; o número de desistências/abandonos do atendimento fonoaudiológico foi de 36% da amostra e a idade em que a criança iniciou não esteve relacionada à maior adesão ao tratamento. Uma limitação a ser considerada neste estudo é que a idade dos indivíduos analisados correspondeu ao momento em que foram trazidos para a avaliação/terapia fonoaudiológica no LIF-DEA e não à idade em que foram diagnosticadas.ABSTRACT Purpose This study characterized and analyzed data about children and adolescents that received language assessment and intervention in the last 21 years, in a service where clinical care is systematically associated with research and vocational training covering both at undergraduate and postgraduate levels. Methods It is an ex-post-facto research based on an empirical exploratory longitudinal methodology that used data recorded in paper and digitally. Results Only 12% of the individuals started intervention before completing 4 years old, or before this age, 74% started between 4 and 9 years and 14% after their 10th year. Among the 340 individuals, 81 (24%) were in therapy process for less than one year. Conclusion It was possible to verify that the mean age on therapy onset is delayed, the amount of dropouts is significant and that there is no association between this data. The number of dropouts on speech-language therapy is 36% of the sample. A limitation to be considered in this study is that the age of the individuals analyzed corresponds to the time at which they were brought for speech-language evaluation in the LIF-DEA and not to the age at which they were diagnosed.

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