Caracterização de sinais neurológicos sutis em uma amostra brasileira de pacientes estáveis com esquizofrenia
AUTOR(ES)
Pedroso, Vinicius Sousa Pietra, Teixeira, Antônio Lúcio, Salgado, João Vinícius
FONTE
Trends Psychiatry Psychother.
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/09/2018
RESUMO
Resumo Introdução: Sinais neurológicos sutis (SNS) têm sido considerados características básicas e potenciais endofenótipos na esquizofrenia. O presente estudo procurou caracterizar os SNS em uma amostra de pacientes com esquizofrenia crônica e compará-los com indivíduos controles saudáveis. Métodos: Neste estudo, avaliamos a presença de SNS em uma amostra de pacientes estáveis (n = 24) com o diagnóstico de esquizofrenia de acordo com os critérios do DSM-IV, recrutados no Ambulatório de Esquizofrenia do Instituto Raul Soares, Belo Horizonte, MG, Brasil. A avaliação foi realizada com a Escala Motora Breve (BMS) e sinais extrapiramidais (SEP) foram observados com a Escala de Simpson-Angus (SAS) e a Escala de Movimentos Involuntários Anormais (AIMS). Um grupo controle (n = 21) também foi submetido à mesma bateria de testes. Resultados: Observamos uma diferença significativa em relação aos escores da BMS e da SAS (p < 0,0001), revelando que indivíduos com esquizofrenia apresentam mais SNS e SEP que indivíduos saudáveis. Os escores da BMS se correlacionaram positivamente com os da SAS (r = 0,495, p = 0,014), mas não com os da AIMS, indicando que os SNS podem ser influenciados pela intensidade de SEP. No entanto, observamos que essa relação permaneceu somente para as tarefas de coordenação motora (r = 0,550, p = 0,005), enquanto as tarefas de sequenciamento motor não foram influenciadas pelos SEP (r = 0,313, p = 0,136). Conclusão: Os resultados sugerem que os SNS são mais frequentes em pacientes com esquizofrenia e que tarefas de sequenciamento motor podem ser mais específicas na síndrome.
ASSUNTO(S)
sinais neurológicos sutis esquizofrenia sinais extrapiramidais
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