Caracterização de populações de Trifolium polymorphum Poir.; T. argentinense Speg. E.T. riograndense Burkart nativas do Rio Grande do Sul : número cromossômico, morfologia e anficarpia / Characterization of Trifolium polymorphum Poir., T. argentinense Speg. and T. riograndense Burkart populations native to Rio Grande do Sul: chromosome number, morphology and amphicarpy

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Trifolium polymorphum, T. argentinense, ambas espécies anficárpicas, e T. riograndense são leguminosas ocorrentes nas pastagens naturais do Rio Grande do Sul, com potencial forrageiro. O objetivo deste trabalho foi aprofundar o conhecimento sobre estas espécies, visando sua futura utilização e preservação. Sementes de 75 acessos das três espécies foram coletadas em vários locais do Estado, de acordo com área de distribuição das mesmas. O número cromossômico foi determinado para 60 acessos de T. riograndense, 14 de T. polymorphum e, pela primeira vez, para um acesso de T. argentinense, sendo todos diplóides, com 2n=2x=16 cromossomos. As sementes subterrâneas de T. argentinense foram maiores (2,10mm) mais pesadas (0,0029g), mas em menor número (1,10) quando comparadas às sementes aéreas (1,80mm, 0,0016g, 1,63, respectivamente). Uma caracterização morfológica, considerando diversas variáveis, foi realizada em 29 acessos de T. riograndense. Dez indivíduos por acesso foram cultivados em floreiras, numa área experimental, em um delineamento completamente casualizado, sendo realizadas duas avaliações. Os resultados da distância Euclidiana mostraram que os acessos 29 (Muitos Capões) e 53 (Lageado Grande) da região dos Campos de Cima da Serra foram os mais divergentes (2,30), evidenciando a grande variabilidade genética para T. riograndense nesta região. Os acessos menos divergentes (0,19) foram aqueles da região do Planalto Médio, onde a agricultura é intensiva, indicando uma redução da variabilidade genética da espécie nessa região. A produção de matéria seca foi o caráter que mais contribuiu para a divergência dos acessos (20,80%), seguida pelo número de estolões secundários (12,30%), área foliar (11,07%) e número de nós por estolão primário (10,93%). A análise de correlação linear simples mostrou correlação positiva e altamente significativa entre comprimento de estolão e diâmetro da planta, área foliar e tamanho do pecíolo na primeira avaliação e matéria seca total e estolões secundários. Os resultados evidenciaram a grande variabilidade genética existente neste germoplasma nativo, justificando sua caracterização, seleção, avaliação e conservação. A ausência de variabilidade no número cromossômico poderá facilitar eventuais cruzamentos.

ASSUNTO(S)

rio grande do sul leguminosa forrageira pastagem natural variabilidade genética

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