Caracterização de frutos e propagação vegetativa de guabijuzeiro (Myrcianthes pungens (O.Berg) D. Legrand) / Characterization of fruits and propagation of guabijuzeiro (Myrcianthes pungens (O. Berg) D. Legrand)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O guabijuzeiro é uma árvore perenifólia de 15 a 25 metros de altura, produtora de frutos comestíveis. Ocorre no Brasil desde São Paulo até o Rio Grande do Sul. A propagação do guabijuzeiro é realizada por sementes e são escassas as informações sobre a propagação vegetativa desta espécie. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos frutos e estudar métodos de propagação. Frutos maduros, coletados em três locais: Porto Alegre (2) e Maquiné (1) foram avaliados quanto ao teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), teor de vitamina C, pH e o diâmetro dos frutos. A propagação vegetativa foi estudada através das técnicas de estaquia (tratamentos: AIB a 0, 2, 4, 6 g.L-1 e vitamina C a 3 g.L-1), enxertia (tratamentos: idades e diâmetros de portas-enxertos) e micropropagação (tratamentos: desinfestação de sementes com hipoclorito de sódio a 0, 2, 4, 6 e 8% por vinte minutos; testes de multiplicação em meio WPM com BAP, BAP+ANA, BAP+GA3+ANA ou sem fitorregulador e teste de enraizamento em meio WPM com diferentes concentrações de ANA e AIB: 0,2; 0,4 e 0,6 mg.L-1). Os frutos das três localidades apresentaram resultados distintos em alguns parâmetros analisados, o SST da polpa variou de 8,9 a 23,6 %, da casca ficou entre 4,6 a 9,3 %, a ATT da polpa variou de 0,07a 0,19, e da casca de 0,14 a 0,27. Já o SST/ATT da polpa variou de 109 a 127 e da casca 33 a 56, o pH da polpa e da casca ficaram em torno de 4,7. Apenas os frutos de uma localidade apresentaram valores de vitamina C (13,67 mg/100g de polpa). Os diâmetros variaram de 15,71 a 19,38 mm. A propagação vegetativa pelos métodos utilizados é viável necessitado ampliar os estudos. A estaquia foi viável quando utilizadas estacas apicais com quatro folhas cultivadas em fevereiro, sem a utilização de AIB, em condição de nebulização intermitente. A enxertia de garfagem tipo fenda cheia em enxerto e porta-enxerto de guabijuzeiro com textura do caule lenhosa apresentaram maior eficiência. Na micropropagação o hipoclorito de sódio na concentração de 4% por vinte minutos é eficiente para desinfestação das sementes, na fase de multiplicação e enraizamento o BAP e ANA respectivamente, se mostraram mais eficientes.

ASSUNTO(S)

guabiju propagação vegetativa enxertia estaquia micropropagação

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