Caracterização anatômica em diferentes frações de cultivares de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schumach.)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-10

RESUMO

O conhecimento da anatomia das gramíneas forrageiras tropicais pode contribuir para sua melhor utilização na alimentação de ruminantes. O objetivo deste trabalho foi determinar a área ocupada pelos diferentes tecidos presentes no colmo e na folha de três cultivares de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schumach.). Cinco plantas de cada cultivar foram selecionadas e segmentadas em três partes (apical, mediana e basal), sendo o material coletado 10 semanas após corte de uniformização. O colmo foi separado em duas partes e as folhas foram subdivididas em bainha, limbo e quilha. Observou-se que o floema representa cerca de 2% da área total dos tecidos. Embora seja um tecido de elevada digestibilidade, esta pequena participação representa pouco para a qualidade final das plantas. A área de tecido epidérmico e tecido vascular lignificado é maior no limbo foliar, principalmente nas folhas jovens. A área de tecido vascular lignificado do colmo aumenta em direção a base da planta. A distância entre os feixes vasculares na bainha está acima de 500 µm, enquanto no limbo é de 140 µm. No colmo, a distribuição irregular dos feixes vasculares não permite que esta medida seja utilizada como padrão de comparação entre cultivares. A diferenciação de cultivares através da caracterização anatômica apresenta limitações. Mesmo assim, observou-se que o cultivar Testo apresenta maior área de tecido vascular lignificado e menor área de tecido parenquimático. Enquanto isto, o cultivar Areia apresenta a menor distância entre feixes vasculares na bainha e na quilha com maior área de floema nas folhas.

ASSUNTO(S)

anatomia vegetal forragem gramíneas lignina ruminantes

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