CARACTERIZAÃÃO ULTRA-ESTRUTURAL DOS GAMETAS, ASPECTOS DA FERTILIZAÃÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PIRAPITINGA Brycon nattereri (GÃnther, 1864) / Ultraestructural characterization of gametes, aspect fertilization and initial development of pirapitinga Brycon nattereri (GÃnther, 1864)
AUTOR(ES)
Alexandre Nizio Maria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O trabalho foi realizado na EstaÃÃo de Piscicultura da Companhia EnergÃtica de Minas Gerais (Itutinga, MG) nos meses de maio e agosto de 2006 e de 2007. Os objetivos gerais deste estudo foram analisar morfologicamente os gametas, os eventos da fertilizaÃÃo e o desenvolvimento inicial da pirapitinga Brycon nattereri. Os ovÃcitos do B. nattereri sÃo levemente adesivos, de coloraÃÃo vinho ou marrom, apresentando micrÃpila no pÃlo animal e superfÃcie constituÃda por zona radiata lisa com poros-canais simples. A maior parte dos ovÃcitos das fÃmeas estudadas estava com vitelogÃnese completa e nÃcleo central ou ligeiramente excÃntrico. Foram detectados polissacarÃdeos neutros na zona radiata e nos glÃbulos de vitelo, polissacarÃdeos carboxilados nos alvÃolos corticais e polissacarÃdeos neutros e carboxilados nas cÃlulas foliculares. O sÃmen possui coloraÃÃo branca e aspecto leitoso, volume mÃdio de 5,6 mL e concentraÃÃo de 42 x 109 espermatozÃides por mL. Os espermatozÃides sÃo do tipo primitivo, com cabeÃa ovÃide sem vesÃcula acrossomal, peÃa intermediÃria curta e flagelo longo com arranjo axonÃmico do tipo 9+2. Os eventos observados na fertilizaÃÃo mostraram que existem vÃrios fatores responsÃveis pela prevenÃÃo à polispermia, entre eles: o canal micropilar em formato de funil restringindo o nÃmero de espermatozÃides a alcanÃarem o espaÃo perivitelÃnico; a formaÃÃo do cone de fertilizaÃÃo que rejeita os espermatozÃides supranumerÃrios e os encaminha para fora do canal micropilar e a aglutinaÃÃo dos espermatozÃides supranumerÃrios no canal micropilar e no espaÃo perivitelÃnico por meio da liberaÃÃo do conteÃdo dos alvÃolos corticais. A eclosÃo das larvas ocorreu entre 50-54 horas apÃs a fertilizaÃÃo, na temperatura mÃdia de 19ÂC. As larvas recÃm-eclodidas sÃo pouco desenvolvidas, totalmente despigmentadas, desprovidas de boca ou de capacidade natatÃria, apresentando 6,32 mm de comprimento total e um grande saco vitelÃnico, com 3,64 mm3. A abertura da boca ocorreu entre o 3 e o 4 dia apÃs a eclosÃo e a reabsorÃÃo total do saco vitelÃnico apÃs 10 dias, coincidindo com o inÃcio da alimentaÃÃo exÃgena. Durante os 15 dias de avaliaÃÃo das larvas, nÃo foi observado canibalismo. A anÃlise das medidas morfomÃtricas corporais, aos 14 meses de idade, mostrou que o B. nattereri apresenta-se mais arredondando na regiÃo prÃxima a cabeÃa e vai se tornando mais comprimido lateralmente na parte posterior do seu corpo. A proporÃÃo sexual observada foi de 1:1 (macho:fÃmea). Aos 14 meses de idade, a maioria dos machos apresentava testÃculos em maturaÃÃo, enquanto que as fÃmeas apresentavam-se imaturas.
ASSUNTO(S)
brycon nattereri larva gametas embriÃo peixe zootecnia morfometria
ACESSO AO ARTIGO
http://bibtede.ufla.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1102Documentos Relacionados
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