CaracterizaÃÃo e avaliaÃÃo de cepas autÃctones de Bacillus thuringiensis para controle de Spodoptera frugiperda (lepidoptera: noctuidae)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Bacillus thuringiensis (Bt) à uma bactÃria gram-positiva, que produz um cristal, durante a fase de esporulaÃÃo, composto por proteÃnas (toxinas Cry) que possuem aÃÃo entomocida principalmente para as ordens Lepidoptera, Diptera e Coleoptera. Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) à um lepidÃptero neotropical polÃfago, praga, de milho, algodÃo e arroz, responsÃvel por perdas de atà 30% na produÃÃo destas culturas. Este trabalho teve por finalidade identificar e caracterizar genes em cepas de Bt da ParaÃba e Pernambuco, que possuÃssem aÃÃo contra S. frugiperda. Foram utilizados 81 oligonucleotÃdeos (primers) das famÃlias cry1 a cry28 e cyt1 e cyt2 para as reaÃÃes em cadeia da DNA polimerase (PCR), bem como anÃlise bioquÃmica atravÃs de SDS-PAGE. Os fragmentos que foram obtidos no tamanho esperado foram purificados e seqÃenciados. Duzentas e uma cepas foram analisadas no presente trabalho, sendo 30 isoladas a partir de amostras de solos de Pernambuco e 171 isolados da ParaÃba. Os bioensaios foram realizados avaliando-se quais cepas possuÃam atividade tÃxica para S. frugiperda e em seguida, foram determinadas as concentraÃÃes letais (CL50) das cepas consideradas tÃxicas. Em bioensaios com os isolados de Pernambuco, a cepa I4A7 apresentou mortalidade superior a 50% (94,3%) na concentraÃÃo de 1x109 esporos/ml e CL50 de 76,58 μg/cm2 contra S. frugiperda. Esta cepa apresentou amplicons para os genes cry4Aa, cry4Ba, cry10Aa, cry11Aa, cyt1Aa e cyt2Ba, e proteÃnas de 130, 70 e 29 kDa, perfis gÃnico e protÃico idÃnticos aos do B. thuringiensis israelensis (Bti), o qual à relatado na literatura como tÃxico para Diptera. Estes fragmentos foram seqÃenciados e apresentaram homologia de 99% a 100% com as seqÃÃncias dos genes originais depositadas no banco de dados. Nas amostras da ParaÃba, apenas dois isolados, BV-5 e AN2-3, apresentaram fragmentos de tamanho esperado, ambos para o par de iniciadores gerais da famÃlia cry1. Estas cepas nÃo apresentaram toxicidade contra S. frugiperda. AtravÃs da seqÃÃncia parcial de nucleotÃdeos e da seqÃÃncia deduzida de aminoÃcidos dos genes das cepas BV-5 e AN2-3, verificou-se que estes genes possuem maior identidade com genes da famÃlia cry8. A seqÃÃncia parcial de aminoÃcidos deduzida do gene da cepa BV-5 apresentou variabilidade na regiÃo do domÃnio II, que à responsÃvel pelo reconhecimento e ligaÃÃo da toxina. A cepa I4A7 à promissora, e poderà ser usada no manejo integrado de S. frugiperda e/ou manejo de resistÃncia a toxinas Cry. Jà as cepas AN2-3 e BV-5 deverÃo ser testadas contra pragas da ordem Coleoptera para determinar a especificidade das mesmas

ASSUNTO(S)

spodoptera frugiperda bacillus thuringiensis engenharia civil cepas autÃctones

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