CaracterizaÃÃo biofaciolÃgica e paleoambiental com base em foraminÃferos do QuaternÃrio Superior da bacia de Campos, sudeste do Brasil

AUTOR(ES)

David Holanda de Oliveira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O objetivo geral deste estudo à obter uma caracterizaÃÃo biofaciolÃgica e paleoambiental dos foraminÃferos quaternÃrios da bacia de Campos, atravÃs de estudo taxonÃmico e identificaÃÃo das associaÃÃes faunÃsticas de foraminÃferos bentÃnicos, anÃlise bioestratigrÃfica e de isÃtopos estÃveis das carapaÃas de foraminÃferos planctÃnicos. As amostras, cedidas pela PETROBRAS, foram coletadas atravÃs de amostrador do tipo boxcorer sob as isobatas de 1050 m (amostra A com 20 cm), 1350 m (amostra B com 20 cm), 1650 m (amostra C com 35 cm) e 1950 m (amostra D com 35 cm) no talude mÃdio a inferior do campo Marlim Leste da Bacia de Campos, RJ. Foram identificados 243 tÃxons de foraminÃferos bentÃnicos sendo as espÃcies mais abundantes Globocassidulina spp., Uvigerina peregrina, Brizalina spp. Os foraminÃferos calcÃrio-hialinos foram os mais abundantes nos intervalos de todas as amostras, seguidos dos aglutinantes e calcÃrioporcelanosos. Foram reconhecidas duas biofÃcies para as estaÃÃes âAâ , âCâ e âDâ e uma na estaÃÃo âBâ. Em todas as biofÃcies foram identificadas associaÃÃes faunÃsticas tÃpicas de ambientes pouco oxigenados, atravÃs disso, observou-se que as estaÃÃes âAâ e âBâ estÃo localizadas em um ambiente deposicional de maior aporte e concentraÃÃo de matÃria orgÃnica do que as amostras das estaÃÃes âCâ e âDâ. AtravÃs da bioestratigrafia de foraminÃferos planctÃnicos e anÃlise de δ18O de suas carapaÃas, foi possÃvel identificar o limite Pleistoceno/Holoceno na estaÃÃo âAâ, no intervalo de profundidade entre 10-15 cm e inferir as biozonas Y (Pleistoceno) e Z (Holoceno). A paleotemperatura das Ãguas superficiais estimadas foi de 14,42ÂC (por meio de δ18O das carapaÃas de foraminÃferos planctÃnicos) e profundas de 3,16ÂC no Pleistoceno (por meio de δ18O das carapaÃas de foraminÃferos bentÃnicos). Com exceÃÃo dos Ãltimos intervalos da estaÃÃo âAâ (10-15 e 15-20), todas as amostras foram incluÃdas no Holoceno e foi identificado, atravÃs da anÃlise de δ18O, um aumento da temperatura durante o Holoceno mÃdio. A partir da estimativa da taxa de sedimentaÃÃo holocÃnica da amostra âAâ, esse aumento de temperatura ocorreu por volta de 5.500 a 3.660 e coincide com o evento de escala global conhecido como idade hipsitÃrmica ou Ãtimo climÃtico

ASSUNTO(S)

holocene paleoclimate pleistocene geociencias pleistoceno stable isotopes foraminÃferos bentÃnicos isÃtopos estÃveis benthic foraminifera paleotemperatura holoceno

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