Características sociodemográficas e clínicas de doentes com pé diabético

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

Resumo Introdução: o pé diabético é uma das complicações mais graves da diabetes, afetando cerca de 15% dos indivíduos com diabetes, e é a maior causa de amputação de membros inferiores de origem não traumática. Este estudo apresenta uma caracterização sociodemográfica e clínica de doentes com pé diabético indicados para cirurgia de amputação. Método: estudo transversal com 206 doentes com diabetes tipo 2 e pé diabético indicados para cirurgia de amputação. Foram recolhidos dados sociodemográficos e clínicos. Intensidade e interferência da dor foram avaliadas por meio do Brief Pain Inventory e os descritores da dor, pelo Douleur Neuropathique 4. Resultados: a maioria dos doentes era do sexo masculino, com baixa escolaridade e uma média de idade de 66 anos. Apresentava diagnóstico de diabetes tipo 2 havia 18 anos e pé diabético havia 4 anos. Cerca de 59% dos doentes apresentavam dor no membro inferior, interferindo significativamente em todas as áreas de funcionamento. Conclusão: as variáveis sociodemográficas desempenham um papel importante na ulceração do pé diabético. As úlceras neuropáticas são mais facilmente preveníveis; portanto, é importante o acompanhamento sistemático dos doentes com neuropatia. Nos doentes com pé neuroisquêmico, estratégias para lidar/gerir a dor de forma mais eficaz são necessárias. A intervenção deve ser multidisciplinar e considerar os fatores sociodemográficos e clínicos, a presença, intensidade e interferência da dor nas atividades de vida diária do doente, bem como a presença de suporte da família ou de um cuidador.

ASSUNTO(S)

diabetes mellitus tipo 2 complicações do diabetes pé diabético

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