Características histopatológicas de hipófises post mortem: análise retrospectiva

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-08

RESUMO

RESUMO Objetivo: como resultado da utilização de técnicas de neuroimagem, cada vez se diagnosticam mais lesões hipofisárias silentes; porém, há poucos estudos post mortem publicados sobre essa glândula. Os dados de incidência existentes sobre lesões hipofisárias são raros, sendo em Portugal desatualizados ou inexistentes. O objetivo é determinar a prevalência dos padrões normais e da patologia hipofisária incidental post mortem no Centro Hospitalar Lisboa Norte, analisando as associações com dados clínicos e avaliando a relevância clínica dos achados. Método: revisaram-se histologicamente de forma retrospectiva 167 hipófises de uma série consecutiva de autópsias do Serviço de Anatomia Patológica desse centro, realizadas entre 2012 e 2014, sendo revisadas em todos os casos as histórias clínicas. Os padrões morfológicos observados classificaram-se em três grandes grupos: 1) padrões histológicos de normalidade e variantes; 2) patologia infeccioso-inflamatória, distúrbios metabólicos e transtornos vasculares; 3) proliferação primária incidental e secundária a doenças sistêmicas. Resultados: os doentes incluíam todas as faixas etárias (de 1 dia a 91 anos), sendo 71 do sexo feminino e 96 do masculino. Cinquenta e sete das glândulas não apresentaram qualquer alteração; 51 mostraram cistos coloides derivados da fissura de Rathke; em 44, observou-se hiperplasia da adeno-hipófise e identificaram-se 20 adenomas em 19 glândulas (oito imuno-histoquimicamente produtores de PRL e cinco de ACTH), dos quais dez associados à obesidade, 11 à hipertensão arterial e seis a diabetes mellitus. Houve dois casos com metástases. Conclusão: a patologia subclínica em nosso meio é similar à observada em outras partes do mundo, mas em idades mais avançadas.

ASSUNTO(S)

patologia hipófise autopsia

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