Características hematológica e bioquímica do sangue efluente esplênico em pacientes esquistossomáticos submetidos à esplenectomia

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

OBJETIVO: verificar valores hematológicos e bioquímicos do sangue efluído do baço e avaliar a sua influência na elevação dos valores hematológicos após esplenectomia. MÉTODOS: foram estudados 20 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para hipertensão porta esquistossomática. Foram coletadas amostras sanguíneas para hemograma, coagulograma, bilirrubinas e albumina na veia esplênica (peroperatório) e no sangue periférico (pré e pós-operatórios imediatos). RESULTADOS: o sangue esplênico apresentou valores maiores de: hemácias, hemoglobina, hematócrito, contagem de plaquetas, global de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos, bem como redução dos parâmetros laboratoriais da coagulação em relação ao sangue periférico colhido no pré-operatório. No sangue periférico pós-operatório, houve aumento do global de leucócitos e de seu componente neutrofílico, além de redução dos valores de basófilos, eosinófilos e linfócitos. As demais variáveis do hemograma e do coagulograma pós-operatórios não foram diferentes na comparação com o sangue esplênico. Os valores da albumina foram menores no pós-operatório em relação ao pré-operatório e sangue esplênico. Houve valores maiores para a bilirrubina direta pós-operatória em relação à pré-operatória e à do sangue esplênico. A bilirrubina indireta pós-operatória foi menor em relação ao seu valor no sangue esplênico. . CONCLUSÃO: os valores hematológicos e bioquímicos do sangue efluído do baço são superiores aos encontrados no sangue periférico em presença de esplenomegalia esquistossomática. Entretanto, o efluente sanguíneo esplênico não é suficiente para elevar os níveis sanguíneos encontrados após esplenectomia.

ASSUNTO(S)

sangue baço células sanguíneas hipertensão portal transfusão de sangue autóloga veia esplênica

Documentos Relacionados