Características funcionais e bioquímicas dos receptores muscarínicos da bexiga de ratos com diabetes crônico induzido por aloxana

AUTOR(ES)
FONTE

Einstein (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-09

RESUMO

Objetivo Reestudar o funcionamento da bexiga in vivo e determinar as características funcionais e bioquímicas dos receptores muscarínicos vesicais de ratos com diabetes crônico induzido por aloxana.Métodos Ratos Wistar de dois meses de idade receberam injeção de aloxana, e os animais que apresentaram glicemia >300mg/dL foram mantidos por 11 meses junto de outros não tratados e pareados por idade. Nos dois grupos de animais, peso corpóreo, peso da bexiga, glicemia e volume urinário de 24 horas foram medidos. Em ambos os grupos, realizou-se a cistometria miccional em animais não anestesiados. Foram determinados os seguintes parâmetros: pressão máxima de micção, intervalo e contração de micção, bem como o volume de esvaziamento e o volume residual pós-miccional. Além disso, foram determinadas as curvas de concentração-resposta a betanecol em preparações isoladas de bexiga e também as características dos sítios de ligação da [3H]-N-metil-escopolamina em homogenatos de bexiga.Resultados O peso médio da bexiga foi de 162,5±21,2mg versus290±37,9mg nos animais controles e tratados, respectivamente (p<0,05). A amplitude de contração (34,6±4,7mmHg versus 49,6±2,5mmHg), a duração (14,5±1,7 segundos versus 23,33±4,6 segundos) e o intervalo (87,5±17,02 segundos versus 281,11±20,24 segundos) de micção foram significantemente maiores nos ratos tratados com aloxana. O volume de urina eliminada durante a contração miccional também foi maior nos animais diabéticos. Contudo, o volume residual pós-miccional não foi estatisticamente diferente. Não foram observadas diferenças na resposta ao betanecol (EC50 3µM versus 5µM) e no seu efeito máximo (31,2±5,9g/g versus 36,1±6,8g/g) em preparações isoladas de bexiga, bem como no número total (169±43fmol/mgversus 176±3fmol/mg) e na afinidade (0,69±0,1nMversus 0,57±0,1nM) dos receptores muscarínicos da bexiga.Conclusão O funcionamento da bexiga in vivo está alterado no diabetes crônico induzido por aloxana, porém sem alterações funcionais e bioquímicas nos receptores muscarínicos da bexiga.

ASSUNTO(S)

bexiga urinária/metabolismo aloxano/efeitos adversos diabetes mellitus experimental receptores muscarínicos micção/efeitos de drogas ratos wistar

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