Características estomáticas de pares congenéricos de cerrado e mata de galeria crescendo numa região transicional no Brasil central

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-06

RESUMO

Em áreas protegidas do fogo, espécies arbóreas predominantemente florestais conseguem se estabelecer no cerrado e crescer lado a lado com espécies do mesmo gênero que são características destas formações savânicas. Devido às condições ambientais diferenciadas encontradas nas formações de cerrado e de mata, estas espécies congenéricas podem se comportar como grupos funcionais distintos. Neste trabalho foi realizado um estudo comparativo da anatomia dos estômatos e da condutância estomática e taxas de transpiração foliar em 10 pares de espécies congenéricas do cerrado e de mata de galeria e das relações entre as características estomáticas selecionadas e a condutância estomática, já que a morfologia dos estômatos e sua densidade afetam a área para difusão dos gases e sua trajetória através dos poros estomáticos. Cada par foi de uma família diferente. Para a maioria das espécies, a área do poro estomático foi o fator de maior influencia no processo de trocas gasosas, pela sua correlação com a condutância estomática, enquanto a densidade estomática mostrou uma correlação negativa significativa tanto com o comprimento da célula-guarda quanto com a área do poro estomático. As espécies do cerrado apresentaram valores significativamente maiores do comprimento da célula-guarda e do poro estomático. No entanto, para a maioria dos outros parâmetros estomáticos examinados, a maior parte da variação pode ser atribuída a diferenças entre os gêneros, sendo que a variação entre as espécies dos dois ambientes parece ser um produto da historia evolutiva de cada grupo e não reflete uma especialização ao ambiente de cerrado ou de mata de galeria.

ASSUNTO(S)

condutância estomática estômato poro estomático transpiração

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