Características da marcha de idosas jovens e muito idosas em solo estável e sobre superfície complacente
AUTOR(ES)
Bárbara, Rita C. S., Freitas, Sandra M. S. F., Bagesteiro, Leia B., Perracini, Mônica R., Alouche, Sandra R.
FONTE
Braz. J. Phys. Ther.
DATA DE PUBLICAÇÃO
24/07/2012
RESUMO
CONTEXTUALIZAÇÃO: Caminhar em superfícies instáveis perturba a estabilidade corporal, e estratégias eficientes devem ser utilizadas para evitar quedas. Objetivo: Identificar alterações da marcha relacionadas ao envelhecimento durante a caminhada em superfície instável. MÉTODO: Oito idosos jovens sadios (GIJ, idade média, 68,6 anos) e oito idosos muito idosos sadios (GMI, idade média, 82,1 anos) foram avaliados. Ambos os grupos realizaram o Teste Timed Up and Go (TUG) e andaram sobre uma superfície rígida e uma complacente, enquanto dados cinemáticos foram registrados. RESULTADOS: O GMI levou mais tempo para completar o TUG quando comparado ao GIJ (F1,14=5,18; p=0,04). A velocidade, o comprimento do passo e o deslocamento vertical do pé foram similares entre os grupos, e ambos foram mais lentos (F1,14=5,64; p=0.03) ao andar sobre a superfície complacente. A amplitude de movimento do joelho e do quadril no plano sagital (F1,14=191,9; p<0,001 e F1,14=36,4, p<0,001, respectivamente) aumentaram na superfície complacente, mas nenhuma diferença entre os grupos foi encontrada. O deslocamento do tronco superior no plano frontal foi similar entre os grupos (F1,14=2,43; p=0,14) e condições (F1,14=1,15; p=0,3). O GMI teve maior deslocamento do segmento da pelve no plano frontal do que o GIJ (F1,14=4,9; p=0,04), principalmente na superfície complacente. CONCLUSÃO: Indivíduos muito idosos são mais lentos no TUG e apresentam maior deslocamento do segmento pélvico na superfície complacente. Tarefas e/ou ambientes mais desafiadores deveriam ser usados para avaliação da marcha e intervenção em idosos com risco de quedas.
ASSUNTO(S)
envelhecimento marcha biomecânica idoso movimento
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