Características clínico-epidemiológicas de adultos e idosos atendidos em unidade de terapia intensiva pública da Amazônia (Rio Branco, Acre)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Medicina Intensiva foi implantada no Estado do Acre no ano de 1998. O objetivo deste estudo foi determinar as características clínico-epidemiológicas de adultos e idosos internados em unidade de terapia intensiva (UTI) pública da Amazônia. MÉTODO: Em 2004, um estudo prospectivo avaliou pacientes com idade igual ou maior a 20 anos internados através da aplicação de questionário, contendo variáveis sócio-econômicas, procedimentos invasivos, ventilação mecânica, suporte nutricional, intervenções cirúrgicas e tratamento dialítico. A gravidade foi estabelecida pelo APACHE II aplicado após 24 horas de internação. O acompanhamento prosseguiu até o destino final na unidade: alta ou óbito. Para a análise estatística foi utilizado o programa SPSS. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. RESULTADOS: Foram avaliados 79 pacientes; 67,1% homens; 59,5% brancos; 59,5% casados; 50,4% encaminhados de outros hospitais; 41,8% do interior do Acre e 13,9% de Estados e País (Bolívia) fronteiriços. A idade variou de 20 a 104 anos (53,3 ± 18,6); 30 (36,1%) idosos (60 anos ou mais); 35 (44,3%) em tratamento cirúrgico. O APACHE II médio foi 18,4 ± 9,1. A permanência na UTI foi de 10,2 ± 9,6 dias; óbito ocorreu em 30 (38%) pacientes. Houve associação entre mortalidade e tratamento dialítico, internação clínica, ventilação mecânica, uso de fármacos vasoativos, número de intervenções cirúrgicas, hipoalbuminemia, linfocitopenia e gravidade. CONCLUSÕES: O atendimento de pacientes com elevada gravidade provenientes de todo o Estado do Acre e regiões fronteiriças refletiu a carência de leitos de UTI na região.

ASSUNTO(S)

adulto amazônia idoso mortalidade uti

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