Características clínicas e epidemiológicas da polipose adenomatosa familiar em Ribeirão Preto

AUTOR(ES)
FONTE

J. Coloproctol. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-09

RESUMO

OBJETIVO: analisar 75 pacientes com polipose adenomatosa familiar (PAF) tratados no Hospital das clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, entre janeiro de 1981 a dezembro de 2011. MATERIAIS E MÉTODOS: trata-se de estudo retrospectivo com coleta dos seguintes dados: sexo, idade, sintomas principais, história familiar, presença de malignidade, cirurgia realizada, morbidade e mortalidade cirúrgicas e fatores relacionados à qualidade de vida. RESULTADOS: a idade média encontrada foi de 29 anos. A razão entre os sexos foi de 1,2:1 com predomínio no sexo masculino. Sangramento intestinal foi o sintoma mais comum (62,7%). A incidência de câncer colorretal foi de 25,3% (n = 19). Neoplasias extracolônicas foram diagnosticadas em 8% dos pacientes. Colectomia total com íleo-reto anastomose (IRA) foi realizada em 72% (n = 54) dos pacientes. Proctocolectomia com anastomose ileoanal e bolsa ileal em "J" foi realizada em 24% (n = 18) dos casos e em 4% (n=3) dos pacientes optou-se pela proctocolectomia com ileostomia terminal (PCI). As taxas de complicações precoces e tardias foram semelhantes (22,7% × 24%). A cirurgia de bolsa ileal apresentou tendência a maior morbimortalidade, porém sem relevância estatística. A taxa geral de mortalidade foi de 7,46%. Neoplasias malignas foram responsáveis por 60% dos óbitos e complicações cirúrgicas por 40%. CONCLUSÕES: a PAF é uma patologia de baixa incidência no nosso país. O aconselhamento genético e o rastreamento familiar são instrumentos essenciais para o diagnóstico precoce e seguimento adequado. A cirurgia persiste como melhor opção para prevenção do câncer colorretal e tratamento da doença

ASSUNTO(S)

polipose adenomatosa familiar câncer colorretal bolsa ileal

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