Características clínicas, demográficas e epidemiológicas dos pacientes com hepatite B em seguimento em hospital universitário no sudeste do Brasil: predominância de casos HBeAg negativos
AUTOR(ES)
Chachá, Silvana Gama Florencio, Ferreira, Sandro da Costa, Costa, Tarciana Vieira, Almeida Filho, Luiz Carlos de, Villanova, Márcia Guimarães, Souza, Fernanda Fernandes, Teixeira, Andreza Correa, Figueiredo, José Fernando de Castro, Zucoloto, Sérgio, Ramalho, Leandra Naira, Passos, Afonso Dinis da Costa, Martinelli, Ana de Lourdes Candolo
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-02
RESUMO
INTRODUÇÃO: No Brasil, a hepatite B é comum. No entanto, há diferenças regionais no que diz respeito ao grau de endemicidade, as formas de transmissão mais encontradas e a presença dos diferentes estágios evolutivos da doença crônica. O objetivo deste trabalho foi o de conhecer características clínicas, demográficas e epidemiológicas de pacientes cronicamente infectados pelo vírus da hepatite B (HBV), residentes na região de Ribeirão Preto, no sudeste do Brasil. MÉTODOS: Foi realizada a análise retrospectiva de 529 prontuários de indivíduos com monoinfecção pelo HBV. RESULTADOS: Mais de 60% eram masculinos, a média de idade foi de 38 anos. O padrão sorológico HBeAg negativo foi encontrado em 84,4% dos pacientes, entre os quais o risco para transmissão vertical/intrafamiliar foi de 43,2% (p = 0,02). Verificou-se uso de álcool em quantidades maiores que 20g ao dia em 21,3% dos indivíduos, sendo mais frequente entre os homens (33%) (p < 0,001). Entre os pacientes com cirrose, 54,1% faziam uso abusivo de bebidas alcoólicas (p = 0,04), sendo todos estes do gênero masculino. A presença de cirrose foi maior no grupo HBeAg positivo (24,4%) que no grupo HBeAg negativo (10,2%) (p < 0,001). CONCLUSÕES: Observaram-se elevadas proporções de indivíduos com infecção pelo HBV com padrão sorológico HBeAg negativo, entre os quais houve maior risco para a transmissão vertical/intrafamiliar. O uso abusivo de álcool esteve associado a indivíduos do sexo masculino e, neste grupo, à cirrose hepática. Observou-se tendência ao aumento no número de casos HBeAg negativo ao longo do tempo.
ASSUNTO(S)
hepatite b epidemiologia transmissão antígenos e da hepatite b
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