Características biológicas e capacidade de parasitismo de Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera, Trichogrammatidae) em ovos de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidóptera, Noctuidae)
AUTOR(ES)
Bueno, Regiane Cristina Oliveira de Freitas, Bueno, Adeney de Freitas, Parra, José Roberto Postalli, Vieira, Simone Silva, Oliveira, Luciele Januário de
FONTE
Revista Brasileira de Entomologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar as características biológicas e a capacidade de parasitismo de uma linhagem de Trichogramma pretiosum Riley, 1869 (Hymenoptera, Trichogrammatidae), coletada em Rio Verde, Goiás, Brasil (T. pretiosum RV). O estudo foi feito com ovos de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidóptera, Noctuidae) e conduzido sob condições ambientais controladas e em diferentes temperaturas constantes. Os parâmetros biológicos determinados foram: período de desenvolvimento (ovo-adulto; dias); emergência (%); razão sexual; número de progênie/ovo; número de gerações/ano; constante térmica (K); temperatura base (Tb); número de ovos parasitados diariamente; parasitismo acumulado (%); número total de ovos parasitados por fêmea de T. pretiosum; e longevidade das fêmeas. Para estudar a capacidade de parasitismo de T. pretiosum, 20 ovos de S. frugiperda (< 24 h de idade) foram colocados em tubos de vidro (8,0 x 2,0 cm) contendo uma fêmea (< 24 h de idade) cada. Os experimentos foram conduzidos em delineamento experimental inteiramente casualizado, com 20 repetições por temperatura. As BODs foram reguladas para temperaturas constantes de 18ºC, 20ºC, 22ºC, 25ºC, 28ºC e 32ºC, umidade relativa de 70 ±10% e fotoperíodo de 14/10 h (L:E). Os ovos de S. frugiperda foram substituídos diariamente até a morte do parasitóide. Os resultados mostraram uma relação inversa entre o tempo de desenvolvimento e a temperatura, com médias apresentado diferenças estatisticamente significativas entre si, com exceção das temperaturas de 25ºC e 28ºC (10 dias). A emergência do parasitóide (%) também foi influenciada pela temperatura. A menor porcentagem de emergência foi observada a 32ºC e a maior nas temperaturas de 18ºC e 20ºC. A temperatura não alterou a razão sexual nem o número de parasitóides por ovo, permitindo mudanças na temperatura para controlar a produção de insetos em laboratório, com o fim de atender às necessidades das liberações no campo.
ASSUNTO(S)
controle biológico lagarta do cartucho parasitóides de ovos temperatura
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