CAPACIDADES, INOVAÇÃO E DESEMPENHO GERAL DAS EMPRESAS BRASILEIRAS EXPORTADORAS

AUTOR(ES)
FONTE

RAM, Rev. Adm. Mackenzie

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

RESUMO Este artigo aprofunda a pesquisa atual sobre inovação por meio do estudo da relação entre “capacidade de inovação” e “desempenho geral” em empresas exportadoras. A partir das perspectivas da visão baseada em recursos (resource-based view – RBV) e capacidade dinâmica, examinamos os efeitos diretos e interativos de capacidades exploratórias e explorativas na inovação de produtos para os mercados externos e no desempenho geral da empresa (direta e mediada pela inovação de produto). Além disso, testamos o efeito moderador do dinamismo do mercado e o efeito de controle da variável tamanho de empresa sobre essas relações. Assim, a principal contribuição deste artigo é desenvolver e testar empiricamente um modelo conceitual original, pela combinação desses constructos em novos relacionamentos, em um país emergente. Esse modelo foi testado com dados de 498 empresas exportadoras brasileiras distribuídas em todos os setores industriais brasileiros, por tamanho de empresa e por Estados. A análise foi feita com a aplicação de modelagem de equações estruturais (structural equation modeling – SEM). Como resultado, encontramos suporte para as hipóteses de que as capacidades explorativas influenciam a inovação de produto e o desempenho global, ao passo que as capacidades exploratórias e sua interação com as explorativas influenciam o desempenho geral, mas não a inovação de produtos. Além disso, a relação entre as capacidades explorativas e o desempenho global é mediada pela inovação de produtos. Diferentemente do hipotetizado, o dinamismo do mercado não modera a relação entre inovação de produto e desempenho geral. Além disso, o tamanho da empresa atua como uma variável de controle das relações testadas. Quanto às implicações para a teoria, este estudo contribui para a compreensão de que capacidades explorativas influenciam o desempenho geral de uma empresa, tanto direta quanto indiretamente (via inovação de produto), e destaca os distintos efeitos diretos e mediadores de inovação no desempenho geral. Esses insights mostram a importância de considerar o papel das variáveis mediadoras e moderadoras nos modelos conceituais que avaliam os determinantes do desempenho global, evitando a superestimação da influência de determinados constructos. Por fim, o trabalho fornece suporte empírico original para a hipótese da interdependência entre inovações de produto para os mercados externos e o desempenho global.

ASSUNTO(S)

inovação exportadoras capacidades desempenho brasil

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