Capacidades estatais e mineração: uma análise da agência nacional de regulação
AUTOR(ES)
Euclydes, Fillipe Maciel; Macedo, Alex dos Santos; Macedo, Suélem Viana; Valadares, Josiel Lopes
FONTE
Revista de Administração Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo O objetivo deste trabalho é analisar a capacidade administrativa da Agência Nacional de Mineração (ANM), responsável por regular a política mineral brasileira. Para tanto, foram realizadas pesquisas documental e bibliográfica de cunho qualitativa. Coletaram-se e analisaram-se diferentes indicadores organizacionais por meio de consulta a relatórios oficiais de gestão, auditorias de órgãos de controle, bem como relatórios de Comissões Parlamentares. Sob um cenário no qual as capacidades administrativas deveriam ter sido robustecidas (2003-2020), os resultados demonstraram, de forma contraintuitiva, a contínua debilidade organizacional da autarquia. Evidenciou-se um quadro que conjuga restrição de servidores disponíveis, diminuição no orçamento discricionário, déficit na infraestrutura patrimonial e móvel, além de sistemas tecnológicos defasados. A baixa autonomia na alocação de recursos foi identificada como um dos mecanismos que explicam essas fragilidades. Em conjunto, tais condições - escassez de recursos e autonomia - contribuem para o baixo desempenho na regulação dos processos minerários e nas atividades de fiscalização e controle da mineração, podendo resultar em perda de arrecadação pública, riscos de novos desastres e ampliação da mineração ilegal.
Documentos Relacionados
- Governança e capacidades estatais: uma análise comparativa de programas federais
- Análise de acidentes fatais na mineração: o caso da mineração no Peru
- Cooperação intermunicipal na Política Nacional de Meio Ambiente: as capacidades estatais importam?
- ROYALTIES NA MINERAÇÃO: UMA FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL DA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA
- O lobby na regulação da publicidade de alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária