Capacidade para o trabalho e condições de vida e trabalho entre profissionais de um Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel de Urgência / Work ability and fatigue among professionals working in a Service Pre-Hospital Mobile Emergency

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/07/2010

RESUMO

A assistência prestada pelo Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel de Urgência pode ser definida como aquela realizada fora do ambiente hospitalar, com o objetivo de proporcionar ao usuário melhor resposta à sua solicitação. Para tal, o serviço possui diversos profissionais que atuam de modo a enfrentar situações diferenciadas e que exigem determinadas habilidades, as quais podem resultar em alterações na saúde dos trabalhadores. Este estudo epidemiológico transversal teve como objetivo avaliar a capacidade para o trabalho e os aspectos de saúde, estilo de vida e condições de trabalho entre os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Campinas, São Paulo. Para a coleta de dados foram utilizados quatro questionários e uma escala que permitiram a investigação de: dados sociodemográficos, estilo de vida e aspectos de saúde e trabalho; índice de capacidade para o trabalho (ICT); incivilidade e violência no trabalho; fadiga e sonolência. A taxa de resposta foi 86,6% e a amostra foi composta por 197 trabalhadores – enfermeiros, médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem, motoristas e pessoal administrativo. Os resultados evidenciaram a prevalência do sexo masculino (61,4%), idade média de 39,1 anos (DP=8,3), residente na cidade de Campinas (80,7%); casados (63,5%), com filhos (76,7%) e com ensino médio completo (40,1%). Houve predomínio da categoria profissional de motoristas (30,5%), seguido pelos médicos (18,3%) e auxiliares de enfermagem (16,75%); além da atuação em turno diurno (54,3%). Destacou-se a porcentagem de possuir outro emprego (42,1%), realizar horas extras (48%) e trabalhar 70 horas ou mais na semana (25,3%). A maioria praticava atividade física (56,5%) e de lazer (96,5%) e tinha planos para o futuro (94,4%). A média de pontuação do ICT foi 41,8 (DP 5.4) pontos, isto é, boa capacidade para o trabalho: 41,1 entre profissionais de enfermagem; 41,5 entre os médicos; 42,9 entre os motoristas; 42,5 entre as telefonistas e 40,3 entre trabalhadores do setor administrativo. Diversas variáveis tiveram associação com a perda da capacidade do trabalho, sendo algumas delas: estado civil, filhos, atividade física, acidentes de trabalho, incivilidade no trabalho, fadiga, sonolência, estresse, satisfação com a vida e com o trabalho. Em síntese, faz-se necessária a utilização de abordagem multidimensional para a implementação de programas que visem à manutenção e promoção da saúde física e mental, em geral, assim como, específica para cada categoria profissional. Outro aspecto relevante é a educação da população usuária quanto ao uso correto do serviço. Este estudo está inserido na linha de pesquisa “Trabalho, saúde e educação”.

ASSUNTO(S)

serviços medicos de emergencia ambulancias riscos ocupacionais estilo de vida fadiga condições de trabalho emergency medical services ambulance work ability occupational risk life style work condition

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