Capacidade funcional e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama após o tratamento oncológico / Functional Capacity and Quality of Life in women with breast cancer after breast cancer treatment

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/05/2011

RESUMO

Estudo descritivo, quantitativo que teve como objetivo comparar a Capacidade Funcional de mulheres com câncer de mama, que realizaram tratamento oncológico (G1), com a de mulheres que nunca apresentaram diagnóstico de câncer (G2), e identificar se a qualidade de vida de mulheres com neoplasia mamária correlaciona-se com a capacidade funcional. O G1 foi composto por 42 mulheres submetidas ao tratamento para o câncer de mama, até um ano do período da coleta de dados, e que frequentavam um núcleo de reabilitação. O G2 foi composto por 42 mulheres, pareadas com o G1, por idade e nível sócio-econômico. A coleta de dados se deu no período de janeiro a julho de 2009. Os instrumentos utilizados para a comparação da Capacidade Funcional foram Índice de Katz e Índice de Lawton, e para a Qualidade de Vida, o EORTC QLQ-C30 e EORCT QLQ-BR23. Os resultados mostraram que o G1 apresentou leve comprometimento nas condições físicas, como fadiga, imagem corporal, função sexual, função física e sintomas na mama e no braço, e moderadas alterações psicossociais na função emocional e nas atividades de lazer e de participação social, comprometendo, assim, sua QV. A comparação entre G1 e G2 mostrou que o tratamento oncológico prejudicou muito a realização das AIVDs das integrantes do G1, porém não interferiu nas ABVD. Acredita-se que os resultados referentes às ABVDs se devam ao fato de elas frequentarem um núcleo de reabilitação e receberem orientações para continuar realizando as ABVDs, mesmo no período pós-operatório. Além disso, participar do núcleo pode ter contribuído para a manutenção do autocuidado e ser também uma importante estratégia para o melhor enfrentamento das limitações físicas e emocionais impostas pelo câncer de mama. O período de realização da coleta dos dados, ao término dos tratamentos, também pode ter favorecido a indicação, pelas componentes do G1, de um menor comprometimento de alguns eventos adversos ao tratamento e alterações psicossociais. No entanto, evidenciou-se ainda, com os resultados relativos às AIVDs, a importância de um maior investimento no cuidado à mulher com câncer de mama, em relação à sua QV e CF, no que se refere às funções física, emocional e social. Sugere-se a realização de estudos de abordagem qualitativa que façam uma avaliação subjetiva dos comprometimentos dos eventos adversos dos tratamentos, das alterações psicossociais para as mulheres com câncer de mama e das estratégias de que elas se utilizam para vivenciá-los. Outras investigações poderão abordar ainda aspectos individuais no DO, como as AIVDs e atividades de lazer; avaliar a eficácia de serviços de reabilitação no manejo dos sintomas, como dor, fadiga, insônia, perda de apetite, aderência cicatricial e outros, além do papel frente às alterações psicossociais; e avaliar as demais categorias que integram o DO de mulheres com câncer de mama, para compreender a influência desta doença sobre aspectos como os de repouso e sono, educação, trabalho e participação social, a fim de possibilitar uma melhor intervenção multidisciplinar junto a esta população.

ASSUNTO(S)

activities of daily living atividades cotidianas breast cancer drug therapy neoplasias da mama quality of life quimioterapia radioterapia radiotherapy qualidade de vida

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