Canulação do acesso vascular em pacientes em hemodiálise: abordagem técnica

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Nephrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

RESUMO Introdução: A técnica de canulação do acesso vascular varia entre instituições de saúde, e as diretrizes sobre o acesso vascular dão pouca importância às técnicas de canulação. O objetivo deste estudo foi avaliar a técnica de canulação e determinar quais fatores estão associados a cada detalhe da técnica. Material e métodos: A canulação do acesso vascular foi avaliada em 260 pacientes em hemodiálise. Foram registrados o tipo e localização anatômica do acesso vascular, a técnica de canulação, a direção, a bitola e a distância entre as agulhas, além da direção do bisel e da rotação da agulha. Resultados: A fístula arteriovenosa foi o acesso vascular mais frequente (88%), a técnica de canulação mais utilizada foi a área (100%), a direção da agulha foi anterógrada na maioria dos casos (79,5%) e a distância média entre as pontas das agulhas foi de 7,57 ± 4,43 cm. Para enxertos arteriovenosos, a localização anatômica proximal (artéria braquial) e a canulação com agulhas 16G em posição anterógrada foram mais predominantes. Para as fístulas arteriovenosas, a localização anatômica distal (artéria radial) e a canulação através de agulhas 15G foram mais comuns. A canulação do acesso vascular na direção retrógrada foi associada a uma maior distância entre as agulhas (13,2 ± 4,4 v.s. 6,1 ± 3 cm, p < 0,001). O Kt / V foi maior quando a distância entre as agulhas foi superior a 5 cm (1,61 ± 0,3 vs. 1,47 ± 0,28, p < 0,01). Conclusões: A técnica de canulação do acesso vascular depende das características do acesso vascular e da experiência dos “canuladores”. Ensaios clínicos são necessários para a formulação de diretrizes para a canulação do acesso vascular.

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