Can the positions of the spastic upper limb in stroke survivors help muscle choice for botulinum toxin injections?

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/09/2019

RESUMO

RESUMO As deficiências motoras que ocorrem nos indivíduos com doença cerebrovascular (DCV) são prevalentes e contribuem para dependência, dor e incapacidade, o que pode atrasar a reabilitação do membro superior e sua funcionalidade. O tratamento com toxina botulínica do tipo A (BoNT-A) é indicado para a espasticidade focal e requer conhecimento da biomecánica e anatomia para melhor selecionar os músculos a serem injetados. Objetivo: Descrever a frequência de padrões posturais numa amostra de brasileiros com sequelas de DCV e correlacioná-los com as recomendações de seleção de músculos. Métodos: Cinquenta pacientes com comprometimento do membro superior devido a DCV do ambulatório de bloqueios neuromusculares foram fotografados e examinados para categorização de acordo com a Classificação de Hefter. Os músculos tratados pelos seus médicos de rotina foram obtidos a partir dos prontuários. Resultados: Os padrões III e IV de Hefter foram mais comuns (64,7%; 21,6%). Nós propusemos a subclassificação do padrão III de acordo com a rotação do ombro, pois isso interferiu na escolha dos músculos tratados. Os músculos tratados com maior frequência foram os adutores e rotadores internos do ombro; flexores e extensores do cotovelo; no antebraço, o pronador redondo, flexores dos dedos e do carpo e na mão, o adutor do polegar. Conclusão: As frequências das posições do membro superior diferiram de relatos prévios. Além da espasticidade, outros fatores interferiram na escolha dos músculos tratados, que seguiram parcialmente as recomendações da literatura.ABSTRACT Motor impairments in stroke survivors are prevalent and contribute to dependence in daily activities, pain and overall disability, which can further upper-limb disability. Treatment with botulinum toxin A (BoNT-A) is indicated for focal spasticity and requires knowledge of biomechanics and anatomy to best select muscles to be injected in the limb. Objective: We aimed to describe the frequency of posture patterns in a Brazilian sample of stroke survivors and correlate them with recommendations of muscle selection for treatment with BoNT-A. Methods: Fifty stroke patients with spastic upper limbs scheduled for neuromuscular block were photographed and physically examined, to be classified by three independent evaluators according to Hefter's classification. Muscles that were injected with BoNT-A by their routine doctors were retrieved from medical charts. Results: Pattern III and IV were the most common (64.7%, 21.6%). We further subclassified pattern III according to the rotation of the shoulder, which effectively interfered in muscle choice. The muscles most frequently treated were shoulder adductors and internal rotators, elbow flexors and extensors, in forearm, the pronator teres and finger and wrist flexors, and, in the hand the adductor pollicis. Conclusion: Frequencies of upper-limb postures differed from previous reports. Other clinical features, besides spasticity, interfered with muscle choice for BoNT-A injection, which only partially followed the recommendations in the literature.

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