Campo de cancerizacao cutaneo: implicacoes clinicas, histopatologicas e terapeuticas
AUTOR(ES)
Torezan, Luis Antonio Ribeiro, Festa-Neto, Cyro
FONTE
An. Bras. Dermatol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-10
RESUMO
O conceito de campo de cancerização foi empregado, pela primeira vez, por Slaughter em 1953, estudando o tecido alterado peri-tumoral de carcinoma espinocelular, através da histopatologia. O conceito foi proposto para explicar o desenvolvimento de múltiplos tumores primários e recorrentes na mesma área onde já havia alterações histopatológicas. Os órgãos que apresentam campo de cancerização, até hoje descritos são: cavidade oral, orofaringe, pulmão, vulva, esôfago, cérvix uterino, pele, mama, cólon e bexiga. Os resultados obtidos a partir da biologia molecular sustentam o modelo de carcinogênese, onde um campo com células geneticamente alteradas têm papel fundamental. Uma importante implicação clínica é o fato de que campos com células mutadas geralmente permanecem após a cirurgia para a remoção de um tumor primário, podendo originar novos tumores, designados como segundo tumor primário ou recorrência local, dependendo do local exato e do intervalo entre a cirurgia e a detecção deste novo tumor. O desenvolvimento de campos com células mutadas é considerado uma etapa crítica na carcinogênese, com importante repercussão clínica. Assim, o diagnóstico e tratamento das lesões malignas epiteliais deve abordar não somente o tumor isolado mas sim, todo o campo onde se desenvolveu. Neste artigo, revisamos aspectos importantes da etiopatogenia, clínica, histopatologia e da terapêutica do campo de cancerização.
ASSUNTO(S)
carcinoma de celulas escamosas ceratose actinica fotoquimioterapia
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