Calcium removal from paper machine effluent by precipitation/coprecipitation / Remoção de cálcio de efluente de máquina de papel por precipitação/coprecipitação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Nas fábricas integradas de celulose e papel, o efluente gerado pela máquina de papel pode ser considerado um efluente setorial, denominado de água branca, devido à concentração elevada de cálcio. Neste trabalho foram realizados experimentos para compreender o comportamento do efluente em função do pH e para desenvolver métodos de remoção de cálcio da água branca, objetivando o reuso da água e a recuperação de cálcio. Titulações potenciométricas foram realizadas com HCl 0,022 mol L-1 e com NaOH 0,025 mol L-1 padronizados, após ajuste de pH do efluente em 12,0 e 2,0 respectivamente, às quais indicaram pontos de inflexão referentes à carbonato, bicarbonato e caulim, componentes com capacidade de interação com o cálcio solúvel. Os métodos de remoção de cálcio consistiram de coprecipitação/ adsorção com hidróxidos de ferro (III), alumínio e de manganês (IV), na ausência/presença de ácido húmico (extraído de húmus) e de argila fosfatada (extraída de latossolo perférrico e modificada com fosfato dibásico de sódio), além da precipitação na presença de oxalato de sódio. Os resultados apontaram que em baixas concentrações de sulfato férrico, sulfato de alumínio e ácido húmico, a remoção de cálcio é baixa (5,9 a 12,7 %). Já em baixas concentrações de sulfato férrico e de alumínio, mas na presença de ácido húmico 0,0025 % m/v, as porcentagens de remoção aumentaram (17,2 a 18,8 %). Nos ensaios de adsorção na presença de Fe(OH)3 e Al(OH)3, notou-se que o aumento da concentração de sulfato férrico, possibilitou um ligeiro aumento da remoção de cálcio (16,5 a 31 %), no caso do sulfato de alumínio as porcentagens de remoção foram indiferentes (próximas a 10 %). A utilização de sulfato de manganês foi inviável, já que este aumentou a concentração de cálcio no sobrenadante em pH = 10. Neste mesmo valor de pH, a presença de ácido húmico foi desfavorável, pois as substâncias húmicas interagem com o carbonato de cálcio precipitado, interferindo no crescimento do cristal. Os planejamentos experimentais realizados indicaram que ocorrem interações entre os componentes utilizados e o cálcio do efluente. Em relação à precipitação de Ca2+ na presença de oxalato, observou-se a possibilidade de remoção de porcentagens satisfatórias (75% a 87%), mantendo-se o efluente com condutividade e pH praticamente inalterados, a desvantagem é o oxalato residual, que pode ser removido num tratamento biológico, por exemplo, juntamente com a matéria orgânica presente.

ASSUNTO(S)

cálcio efluente quimica analitica coprecipitation calcium effluent coprecipitação

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