Cafeína como indicador ambiental prospectivo para avaliar ecossistemas aquáticos urbanos
AUTOR(ES)
Ferreira, Aldo Pacheco
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-12
RESUMO
Este estudo visou avaliar a co-ocorrência de cafeína e a extensão de sua influência frente a outros parâmetros tradicionais de qualidade de água (microbiológicos e físico-químicos), de modo a caracterizá-la como um eficiente indicador de poluição de origem antrópica em ambientes aquáticos urbanos. Cafeína é um componente de uma variedade de bebidas (café, chá e bebidas cafeinadas) e de numerosos produtos alimentícios (chocolate, massas e sobremesas). Embora o corpo humano seja eficiente na metabolização deste estimulante, entre 0,5-10,0% são excretados, principalmente na urina. A análise de amostras da Bacia Hidrográfica da Leopoldina e Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil, revelou uma significante diferença entre áreas não comumente afetadas por enriquecimento de nutrientes ou esgoto, contra áreas cronicamente influenciadas por descargas de esgoto e eutrofização elevada. O monitoramento de cafeína será fundamental em ambientes aquáticos urbanos estressados, onde freqüentes rupturas acidentais de linhas de esgoto e descargas de efluentes não-tratados impedem a efetividade de avaliação da qualidade hídrica com os indicadores recomendados.
ASSUNTO(S)
ambiente aquático poluição cafeína toxicologia
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