Cadeia cinética aberta versus cadeia cinética fechada na reabilitação avançada do manguito rotador
AUTOR(ES)
Boeck, Rudiel Luciano, Döhnert, Marcelo Baptista, Pavão, Tiago Sebastiá
FONTE
Fisioterapia em Movimento
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: Síndrome do impacto do ombro é uma alteração osteomuscular prevalente que leva a uma redução significativa da saúde e à incapacidade funcional. Esta lesão é causada pelo uso repetitivo dos braços acima da linha do ombro ou condição patológica em que ocorre irritação do tendão supraespinhoso secundária a uma abrasão em sua superfície pelo terço anterior do acrômio. Fisioterapia é, muitas vezes, a primeira opção de tratamento, embora sua eficácia ainda esteja em debate. Clinicamente, a reabilitação em cadeia cinética tem sido eficaz na restauração da função do ombro com bons resultados terapêuticos. OBJETIVOS: Avaliar a efetividade de um protocolo de reabilitação do ombro em cadeia cinética fechada para síndrome de impacto do manguito rotador. MATERIAIS E MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado de equivalência com 20 pacientes que apresentam lesão grau I e II de manguito rotador na classificação de Neer. Pacientes foram divididos em dois grupos: grupo I, com protocolo de exercícios em Cadeia Cinética Fechada (CCF), e grupo II, com exercícios em Cadeia Cinética Aberta (CCA). Os pacientes foram submetidos a 20 sessões, três vezes por semana, e foram avaliados quanto à dor, mobilidade ativa, passiva, força muscular, atividade elétrica muscular e funcionalidade. Essa avaliação ocorreu em três momentos: inicialmente, com 10 sessões e ao fim do tratamento. Para a análise estatística, foram utilizadas medidas paramétricas, como o teste t-Student (comparação entre os grupos) e ANOVA para medidas repetidas (comparação dentro de cada grupo), e medidas não paramétricas (Kruskal Wallis e teste de Friedman). RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram resultados significativos quanto aos escores obtidos na escala UCLA e Constant. A mobilidade ativa do ombro lesado aumentou no grupo CCF nos movimentos de flexão (p = 0,01), rotação externa (p = 0,000) e rotação interna (p = 0,000). O movimento de abdução melhorou nos dois grupos (p = 0,02 no grupo CCF e 0,04 no grupo CCA). A força muscular de flexão e abdução mostrou um aumento apenas no grupo CCF, enquanto que nos movimentos de rotação externa e interna esses aspectos foram significativos em ambos os grupos. CONCLUSÃO: Constatou-se que exercícios em CCF apresentam melhoras importantes na mobilidade, funcionalidade e força para os pacientes com síndrome de impacto de ombro.
ASSUNTO(S)
síndrome de colisão do ombro terapia por exercício fisioterapia
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