Bullying em adolescentes de um centro urbano brasileiro – Estudo “Saúde em Beagá”

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/08/2015

RESUMO

OBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados ao bullying em adolescentes brasileiros.MÉTODOS Estudo populacional com 598 adolescentes de 14 a 17 anos da área urbana de Belo Horizonte em 2009. Foram utilizados dados de um inquérito domiciliar realizado pelo Observatório de Saúde Urbana, com amostragem probabilística em três estágios: setores censitários, residência e indivíduos. Os adolescentes responderam questões sobre bullying, características sociodemográficas, comportamentos de risco à saúde, bem-estar educacional, estrutura familiar, atividade física, marcadores de hábitos alimentares e bem-estar subjetivo (percepção corporal, satisfação pessoal e satisfação com a vida atual e futura). Foram realizadas análises univariadas e múltiplas por meio do modelo de Poisson robusto.RESULTADOS A prevalência de bullying foi de 26,4% (28,0% no sexo masculino, 24,0% no sexo feminino). O bullying associou-se com insatisfação com a vida, dificuldades de relacionamento com os pais, envolvimento em brigas com pares e insegurança na vizinhança. O local de maior ocorrência foi a escola ou percurso escolar (70,5%), seguido por rua (28,5%), domicílio (9,8%), praticando esporte (7,3%), festa (4,6%), trabalho (1,7%) e outros locais (1,67%).CONCLUSÕES Há alta prevalência de bullying entre os adolescentes investigados, e a escola é apontada como principal local de ocorrência, embora locais como domicílio, festa e trabalho também sejam relatados. A percepção que o indivíduo tem de si e do seu contexto associa-se aobullying, avançando, portanto, no conhecimento deste tipo de violência especialmente em centros urbanos de países em desenvolvimento.

ASSUNTO(S)

comportamento do adolescente fatores de risco fatores socioeconômicos violência inquéritos epidemiológicos

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