Brazilian nurses’ sociodemographic changes in the first decade of the 21st century

AUTOR(ES)
FONTE

Esc. Anna Nery

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/01/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: analisar condições de renda e trabalho dos enfermeiros no Brasil em 2000 e 2010. Método: a partir das amostras dos censos demográficos, foram descritas características socioeconômicas dos enfermeiros segundo rendimento e jornada de trabalho. Modelos estatísticos estimaram as chances (Odds Ratio) de os enfermeiros pertencerem ao grupo que, apesar de trabalhar mais de 40 horas, possuía rendimentos mais baixos. Resultados: no Brasil, a população de enfermeiros cresceu a uma velocidade de 12,5% ao ano. Nos dois períodos, aproximadamente 11,0% dos enfermeiros recebiam os menores rendimentos e trabalhavam mais de 40 horas semanais. As chances mais expressivas de pertencerem a esse grupo foram observadas para aqueles que residiam no interior das regiões Sul e Sudeste. Também foram mais elevadas para enfermeiros de cor ou raça preta e parda, que moravam com os pais. Conclusão e implicações para a prática: o expressivo aumento de enfermeiros ocorreu no contexto de redução das desigualdades socioeconômicas. As condições menos favoráveis de trabalho foram mais evidentes para os classificados pretos e pardos que moravam na casa dos pais. Argumentamos que os cenários descritos podem estar relacionados, dentre outros aspectos, à expansão de centros de formação universitária ao longo da primeira década do século XXI.ABSTRACT Objective: analyze income and work conditions of nurses in Brazil in 2000 and 2010. Methods: based on demographic census samples, socioeconomic characteristics of nurses were described according to income and work hours. Statistic models estimated the chances (odds ratios) of nurses having lower income despite working more than 40 hours per week. Results: the nurse population in Brazil grew at a rate of 12.5% per year. In the two study periods, approximately 11.0% of nurses received the lowest incomes and worked more than 40 hours per week. The most pronounced chances of belonging to this group were observed for those residing in the interior the South and Southeast regions of Brazil. They were also more elevated for nurses whose color/race was black or brown (pardo) and who lived with their parents. Conclusion and implications for the practice: the expressive increase in nurses occurred within the context of reduced socioeconomic inequalities. Less favorable work conditions were most evident for those classified as black and brown who lived in their parents’ homes. We argue that the scenarios described may be related to the expansion of university educational institutions during the first decade of the twenty-first century, among other aspects.

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