Braquiterapia e prostatectomia radical em portadores de câncer localizado de próstata

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-10

RESUMO

Resumo Introdução: este estudo avaliou a sobrevida de portadores de câncer localizado de próstata assistidos em um hospital de Minas Gerais, segundo duas modalidades terapêuticas: implante de sementes iodo-125 e prostatectomia radical. A população estudada foi de 129 pacientes tratados no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2005 – 64 submetidos à braquiterapia e 65 à cirurgia. Métodos: todos obtiveram registro do antígeno prostático específico, escores de Gleason e estadiamento clínico anterior ao tratamento. A recidiva bioquímica foi definida como PSA > 0,4 ng/mL para prostatectomia radical, e qualquer elevação de 2 ng/mL ou mais a partir do PSA nadir para os pacientes implantados. Para análise do efeito do tratamento na sobrevida livre de recidiva bioquímica (SLRb), foram geradas curvas de Kaplan-Meier e foi efetuada regressão de Cox. O tempo mediano de seguimento foi de 56,1 meses para os implantados e de 26,6 meses para os operados. Discussão: a SLRb em 5 anos para toda coorte foi de 69% (IC95%:58,18-77,45), sendo superior para aqueles submetidos à braquiterapia (79,70%) em relação aos operados (44,30%; p-valor 0,0056). Na análise multivariada, os fatores preditores independentes foram iPSA (HR:2,91; IC95%:1,32-6,42), escore de Gleason (HR:2,18; IC95%:1,00- 4,81) e modalidade de tratamento (HR:2,61; IC95%:1,18- 5,75). O risco de falha bioquímica foi maior com a cirurgia, comparado à braquiterapia, o que pode estar relacionado ao elevado índice de progressão histológica entre biópsia prostática pré-operatória e peça cirúrgica, e pelo critério de falha adotado, distinto para cada terapêutica. Conclusão: foi possível constatar que a braquiterapia é uma boa opção terapêutica para o câncer de próstata de baixo risco.

ASSUNTO(S)

braquiterapia prostatectomia neoplasias da próstata

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