Branqueamento de polpas kraft com H2O2 e reação de oxidação de composto modelo de lignina catalisados por polioxometalatos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

Para o branqueamento de polpas celulósicas as indústrias utilizam, principalmente, Cl2 e ClO2. Esses compostos, juntamente com a lignina residual das polpas formam as cloroligninas (compostos organoclorados), que são tóxicos e de difícil biodegradação, portanto, nocivos ao meio ambiente. Neste trabalho estudou-se um processo alternativo de branqueamento de polpas Kraft utilizando-se polioxometalatos (POMs) com estrutura de Keggin e peróxido de hidrogênio. Os experimentos foram realizados em sistema fechado utilizando-se polpas Kraft de folhosas e coníferas, H2O2, POM e água. Os melhores resultados foram obtidos utilizando-se H3PMO12O40 (0,5 mmolL e 0,05 mmolL), 15g de polpa seca, 0,1% de H2O2 (m/m de solução), 70ºC, 4 h. Nessas condições foram obtidas polpas com número kappa entre 1,5 e 3,0 e viscosidade entre 11,0 e 21,0 cP. O processo é mais eficiente para polpas folhosas. Verificou-se que o licor de branqueamento pode ser reutilizado várias vezes (sem tratamento prévio), sem perda significativa da eficiência. Para melhor entender o mecanismo de ação dos POMs sobre a macromolécula de lignina estudou-se a oxidação de 1,2-di-(4-metoxifenil)-etanona (modelo de lignina não fenólico) por [SiVW11O40]. Estes estudos mostraram que o ataque do POM é feito na parte alifática da lignina. Observou-se, principalmente, a clivagem da ligação C-H, mas também pode haver clivagem da ligação C-C, formando moléculas menores.

ASSUNTO(S)

celulose lignina

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