BRADICARDIA EM ATLETAS: A MODALIDADE ESPORTIVA IMPORTA? – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-10

RESUMO

RESUMO A bradicardia em atletas pode variar de moderada a grave, e os fatores que contribuem para a redução da frequência cardíaca são complexos. Estudos que investigam os mecanismos associados à bradicardia são controversos e, possivelmente, ligados ao tipo de exercício. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica sistemática para discutir os mecanismos de bradicardia em atletas de diferentes modalidades esportivas. As bases de dados consultadas foram Pubmed (MEDLINE), Clinical Trials, Cochrane, Scopus, Web of Science, SciELO, Sport Discus e PEDro. Foram incluídos artigos em inglês, que avaliaram atletas de diferentes modalidades esportivas, publicados até janeiro de 2019. Cento e noventa e três artigos foram encontrados e dez preencheram os critérios de inclusão, perfazendo 1.549 homens e mulheres atletas de diversas modalidades esportivas. A frequência cardíaca em repouso e a estrutura cardíaca foram estudadas em associação com a modalidade esportiva, por variabilidade da frequência cardíaca, eletrocardiograma, ecocardiograma e bloqueio farmacológico. Os estudos sugerem que a redução da frequência cardíaca em repouso não é explicada apenas pelo aumento da modulação vagal, mas também por alterações da estrutura cardíaca. De acordo com os estudos, diferentes esportes parecem produzir diferentes respostas cardíacas e a bradicardia encontrada em atletas pode ser explicada por mecanismos não autonômicos e autonômicos. Este achado parece depender do tipo de esforço ou modalidade esportiva praticada. No entanto, o mecanismo envolvido na redução da frequência cardíaca em cada modalidade esportiva ainda não está claro. Nível de evidência II; Estudos prognósticos – Investigação do efeito de característica de um paciente sobre o desfecho da doença.

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