"Bomba hormonal": os riscos da contracepção de emergência na perspectiva dos balconistas de farmácias no Rio de Janeiro, Brasil
AUTOR(ES)
Brandão, Elaine Reis, Cabral, Cristiane da Silva, Ventura, Miriam, Paiva, Sabrina Pereira, Bastos, Luiza Lena, Oliveira, Naira Villas Boas Vidal de, Szabo, Iolanda
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
19/09/2016
RESUMO
Resumo: A pesquisa objetivou conhecer a perspectiva dos balconistas de farmácias sobre a contracepção de emergência na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil. O material empírico advém de pesquisa socioantropológica com vinte entrevistas semiestruturadas com balconistas dos sexos feminino (8) e masculino (12). Os entrevistados apresentam concepções negativas sobre a contracepção de emergência, enfatizando os riscos que ela pode provocar à saúde. O medicamento é considerado uma "bomba hormonal" que pode causar danos aos órgãos reprodutivos femininos e outros sistemas do corpo. Eles destacam os riscos do uso "descontrolado" ou "indiscriminado", especialmente por adolescentes e mulheres jovens. Por ser considerado "perigoso" aos corpos femininos, eles atribuem a responsabilidade de orientação e aconselhamento sobre o uso do método aos médicos ginecologistas e não aos farmacêuticos. Discute-se a necessidade de ampliação do debate público sobre contracepção de emergência no Brasil, incluindo-se os farmacêuticos e balconistas de farmácia, além dos profissionais de saúde e educadores.
ASSUNTO(S)
anticoncepção pós-coito atenção farmacêutica sexualidade saúde reprodutiva
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