Biópsia óssea na prática nefrológica

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/11/2018

RESUMO

Resumo A osteodistrofia renal (OR), um grupo de doenças ósseas metabólicas secundárias à doença renal crônica (DRC), ainda representa um grande desafio para os nefrologistas. Seu manejo é individualizado de acordo com o tipo de lesão óssea - de alto ou baixo remodelamento - cujo diagnóstico não pode ser prevista com precisão pelos biomarcadores séricos de remodelação óssea disponíveis na prática clínica diária, principalmente o paratormônio (PTH) e a fosfatase alcalina (FA). Em vista dessa limitação, biópsia óssea seguida de histomorfometria óssea quantitativa, método padrão-ouro para o diagnóstico de OR, ainda é considerado um procedimento de grande importância. A biópsia óssea também é recomendada na avaliação da osteoporose em indivíduos com DRC, a fim de auxiliar na escolha do melhor medicamento anti-osteoporótico. É importante observar que a biópsia óssea é o único método diagnóstico capaz de proporcionar informações dinâmicas sobre o metabolismo ósseo. Os ossos trabecular e cortical podem ser analisados separadamente por meio da avaliação de seus parâmetros estruturais e dinâmicos, espessura e porosidade, respectivamente. A deposição óssea de metais como alumínio e ferro também pode ser detectada. Apesar de suas características singulares, o interesse pela biópsia óssea diminuiu nos últimos anos. Poucos centros em todo o mundo são especializados em histomorfometria óssea. A presente revisão discute a técnica de biópsia óssea, suas indicações e as principais informações que ela pode oferecer. O interesse pela biópsia óssea deve ser renovado e os nefrologistas devem ser capacitados a realizá-la durante o período de residência médica.

ASSUNTO(S)

biópsia osso e ossos histologia histomorfometria Óssea distúrbio mineral e Ósseo da doença renal crônica insuficiência renal crônica

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