BIOPROSPECÇÃO DE EXTRATOS DE MACROALGAS MARINHAS BENTÔNICAS DO LITORAL DE ALAGOAS / BIOPROSPECTING EXTRACTS OF SEAWEEDS BENTON OF THE COAST OF ALAGOAS

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/11/2011

RESUMO

Compostos presentes em algas marinhas podem desempenhar importantes funções biológicas, entre elas: atividade antimicrobiana, antifungica, citotóxica, larvicida, moluscicida, de forma direta in vivo ou indireta, ativando mecanismos de defesa dos hospedeiros. O objetivo deste trabalho foi avaliar atividade biológica de extratos de algas marinhas bentônicas. Foram testados extratos brutos e frações obtidas de algas: Dictyota dichotoma, Padina gymnospora, Digenia simplex, Hypnea musciformis, Sargassum vulgare, Ulva lactuca, Gracilaria caudata, Galaxaura rugosa e Gellidium pusillum coletadas na Praia de Riacho Doce, litoral norte do Estado de Alagoas. Apos coleta, triagem e identificação, as algas secas (500g) e pulverizadas foram submetidas à extração com os solventes: diclorometano, clorofórmio, metanol, etanol e água. Os extratos em diclorometano de H. musciformis e P. gymnospora foram selecionados para fracionamento, por apresentaram melhores rendimentos. Foi realizada avaliação citotóxica frente a células cancerígenas humanas: NCI-H292 - câncer de pulmão humano, HEp-2-carcinoma epidermóide de laringe humana; K562 -leucemia mielocítica crônica; frente aos fungos dermatófitos: Trichophyton rubrum, T. tonsurans, T. mentagrophytes, Microsporum canis,M. gypseum, Epidermophyton flocossum- e quatro espécies de Candida(C. albicans;C. krusei;C. guilliermondi; C. parapsilosis) bem como, avaliação da atividade larvicida contra larvas de Aedes aegipty, moluscicida contra Biomphalaria glabrata e toxica contra Artemia salina. A avaliação da citotoxicidade foi realizada pelo método colorimétrico do MTT-Metil Triazol Tetrazolio de acordo com o Protocolo do National Câncer Institute (NCI). Para atividade fungicida empregou-se a metodologia descrita no documento M27-A2 e M38A pelo Clinical and Laboratory Standard Institute adequado para dermatófitos e pela norma M44A para Candida. Nos bioensaios para controle do Aedes aegipty, foram utilizadas larvas do quarto ínstar em duas repetições e os extratos que tiveram um percentual de mortalidade igual ou superior a 50% seguiram para estudo. Ensaio de toxicidade contra nauplius de Artemia salina foram realizados de acordo com a metodologia descrita na literatura com algumas modificações, para obtenção de concentrações letais médias (LC50). Verificamos que os extratos das espécies H.musciformis, D. simplex, P. gymnospora, S. vulgare, D. dichotoma possuem maior ação anticâncer sobretudo nos extratos obtidos com diclorometano, clorofórmio e fração clorofórmica. Os resultados obtidos no ensaio com A. salina indicaram uma baixa toxicidade dos extratos brutos de algas marinhas testados, uma vez que, excetuando-se o extrato etanolico de H. musciformis, todos os extratos apresentaram LC50>103. Em relação a B. glabrata, apenas as frações em clorofórmio da espécie H. musciformis e P. gymnospora apresentaram atividade moluscicida. Em relação aos dermatófitos e Candida, os extratos diclorometano e etanol foram os que melhor apresentaram atividade antifúngica.Os resultados permitiram concluir que as algas do litoral alagoano possuem um potencial que até o presente momento não foi explorado sugerindo uma utilização futura bastante promissora.

ASSUNTO(S)

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