Biopolítica e medicalização dos anormais
AUTOR(ES)
Caponi, Sandra
FONTE
Physis: Revista de Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
O artigo aborda a temática da medicalização dos sofrimentos e das anomalias comportamentais numa perspectiva histórica. Analisa a emergência de uma nova configuração epistemológica do saber psiquiátrico ocorrida na segunda metade do século XIX. Tomando como ponto de partida os estudos sobre biopolítica da população de Foucault e Agamben, as reflexões de Canguilhem sobre as fronteiras difusas da normalidade e o curso que Foucault dedica aos anormais, o artigo estuda o surgimento de uma psiquiatria ampliada relacionada ao não-patológico. São analisados os Anais de Higiene e Medicina Legal e os Anais Médico-Psicológicos, publicados na França entre os anos de 1857 e 1924, com o objetivo de compreender de que modo foi construída essa medicina das condutas e quais foram as estratégias biopolíticas defendidas pelos teóricos da degeneração.
ASSUNTO(S)
psiquiatria medicalização anormais história foucault
Documentos Relacionados
- A Medicalização da Vida como estratégia de biopolítica
- A medicalização da educação e da resistência no presente: disciplina, biopolítica e segurança
- Biopolítica, indústria farmacêutica e medicalização: construções de formas simbólicas sobre a influenza A (H1N1)
- Medicalização dos Modos de Ser e de Aprender
- Multidões queer: notas para uma política dos "anormais"