Biomicroscopia ultrassônica após procedimentos cirúrgicos paliativos na ceratopatia bolhosa: estudo comparativo descritivo
AUTOR(ES)
Paris, Fabiana dos Santos, Gonçalves, Eliana Domingues, Morales, Maira Saad Ávila, Kanecadan, Liliane Andrade Almeida, Campos, Mauro Silveira de Queiroz, Gomes, José Álvaro Pereira, Allemann, Norma, Sato, Elcio Hideo
FONTE
Arq. Bras. Oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
Objetivo: Descrever as características quantitativas e qualitativas da biomicroscopia ultrassônica (UBM) em olhos com ceratopatia bolhosa avançada, antes e após os procedimentos de punção estromal anterior (ASP) ou transplante de membrana amniótica (AMT) para alívio de dor crônica. Métodos: Estudo comparativo descritivo incluindo 40 olhos de 40 pacientes com dor crônica intermitente devido a ceratopatia bolhosa, randomizados em duas modalidades de tratamento (AMT e ASP). Biomicroscopia ultrassônica (Humphrey, UBM 840, transdutor de 50 MHz, técnica de imersão) foi utilizada, e um questionário de avaliação da intensidade da dor foi aplicado no pré-operatório, e após 90 e 180 dias de pós-operatório. Critérios de exclusão foram: idade abaixo de 18 anos, presença de infecção, hipertensão ocular, e ausência de dor. Resultados: No seguimento de 180 dias, o grupo Transplante de membrana amniótica apresentou: média da espessura corneana central (CCT): 899,4 µm (pré), 1.122,5 µm (pós-operatório) (p<0,001); média da espessura epitelial (ET): 156,4 µm (pré), 247,8 µm (pós-operatório) (p<0,001); média da espessura estromal (ST): 742,9 µm (pré), 826,3 µm (pós-operatório) (p=0,005), e, grupo ASP apresentou: CCT média: 756.7 µm (pré), 914,8µm (pós-operatório) (p<0,001); ET média: 102,1 µm (pré), 245,2 µm (pós-operatório) (p<0,001); ST média: 654,6 µm (pré), 681.5 µm (pós-operatório) (p<0,999). A correlação entre intensidade da dor e espessura corneana central no grupo AMT (p=0,209 pré e pós-operatórios) e no grupo ASP (p=0,157 pré-operatório e p=0,426 aos 180 dias de seguimento) não foi significativa. Edema epitelial e estromal, dobras na membrana de Descemet, bolhas epiteliais, e presença de fluido na interface foram características qualitativas frequentemente observadas. Conclusão: A espessura corneana central aumentou ao longo do tempo em ambos os grupos. A magnitude da espessura corneana central não interfere na intensidade da dor na amostra estudada. Presença de fluido na interface foi uma característica qualitativa especificamente encontrada em alguns pacientes submetidos a transplante de membraa amniótica.
ASSUNTO(S)
edema da córnea perda de células endoteliais da córnea paquimetria corneana córnea/ultrassonografia amnio/transplante curativos biológicos cuidados paliativos
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