Biomarcadores histopatológicos e hematológicos em tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1816) de uma área de proteção ambiental do Maranhão, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Ambient. Água

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/12/2018

RESUMO

Resumo Objetivou-se neste estudo analisar as alterações histopatológicas (lesões branquiais) e hematológicas (anormalidades eritrocíticas) em tambaqui (Colossoma macropomum), para avaliação da qualidade de água de pisciculturas da Área de Proteção Ambiental (APA) do Maracanã, Maranhão, Brasil. Exemplares de tambaqui foram capturados em duas áreas da APA: A1) Lagoa Serena; A2) Rio Ambude, em dois períodos sazonais (chuvoso e seco). Para as análises hematológicas foram confeccionadas lâminas a partir do esfregaço de sangue coletado no arco branquial dos peixes. No laboratório as brânquias de cada espécime foram fixadas em formol a 10% e mantido em álcool a 70% até a execução da técnica histológica usual. As alterações braquiais foram mais frequentes no período de estiagem nas duas áreas analisadas. Em peixes coletados em A2, as seguintes alterações foram observadas: células mucosas (78%), fusão lamelar (90%), desorganização lamelar (100%), estreitamento lamelar (100%), deslocamento do epitélio (96%). Em peixes coletados em A1, as principais lesões foram: aneurisma (88%), dilatação dos capilares (82%), rompimento dos capilares (60%). Além disso, nos peixes de ambas as áreas foram observadas alterações nucleares, como células binucleadas (BC), células com núcleo evaginado (CEN) e células com núcleo entalhado lobulado (CLCN). A frequência de anormalidades foi maior nos peixes de A2 (74%) quando comparada com os exemplares de A1 (26%). Em conclusão, consideramos que essas alterações se mostraram biomarcadores sensíveis capazes de diferenciar a qualidade de água e o estado de sanidade dos peixes em dois sistemas aquáticos na APA do Maracanã.

ASSUNTO(S)

lesões branquiais monitoramento aquático qualidade de água

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