Bioimpedância transtorácica comparada à ressonância magnética na avaliação do débito cardíaco
AUTOR(ES)
Villacorta Junior, Humberto, Villacorta, Aline Sterque, Amador, Fernanda, Hadlich, Marcelo, Albuquerque, Denilson Campos de, Azevedo, Clerio Francisco
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
16/11/2012
RESUMO
FUNDAMENTO: A ressonância magnética cardíaca é considerada o método padrão-ouro para o cálculo de volumes cardíacos. A bioimpedância transtorácica cardíaca avalia o débito cardíaco. Não há trabalhos que validem essa medida comparada à ressonância. OBJETIVO: Avaliar o desempenho da bioimpedância transtorácica cardíaca no cálculo do débito cardíaco, índice cardíaco e volume sistólico, utilizando a ressonância como padrão-ouro. MÉTODOS: Avaliados 31 pacientes, com média de idade de 56,7 ± 18 anos, sendo 18 (58%) do sexo masculino. Foram excluídos os pacientes cuja indicação para a ressonância magnética cardíaca incluía avaliação sob estresse farmacológico. A correlação entre os métodos foi avaliada pelo coeficiente de Pearson, e a dispersão das diferenças absolutas em relação à média foi demonstrada pelo método de Bland-Altman. A concordância entre os métodos foi realizada pelo coeficiente de correlação intraclasses. RESULTADOS: A média do débito cardíaco pela bioimpedância transtorácica cardíaca e pela ressonância foi, respectivamente, 5,16 ± 0,9 e 5,13 ± 0,9 L/min. Observou-se boa correlação entre os métodos para o débito cardíaco (r = 0,79; p = 0,0001), índice cardíaco (r = 0,74; p = 0,0001) e volume sistólico (r = 0,88; p = 0,0001). A avaliação pelo gráfico de Bland-Altman mostrou pequena dispersão das diferenças em relação à média, com baixa amplitude dos intervalos de concordância. Houve boa concordância entre os dois métodos quando avaliados pelo coeficiente de correlação intraclasses, com coeficientes para débito cardíaco, índice cardíaco e volume sistólico de 0,78, 0,73 e 0,88, respectivamente (p < 0,0001 para todas as comparações). CONCLUSÃO: A bioimpedância transtorácica cardíaca mostrou-se acurada no cálculo do débito cardíaco quando comparada à ressonância magnética cardíaca.
ASSUNTO(S)
insuficiência cardíaca impedância elétrica débito cardíaca débito cardíaco espectroscopia de ressonância magnética
Documentos Relacionados
- Avaliação da confiabilidade da ressonância magnética comparada com a tomografia computadorizada para planejamento de implantes dentários
- Ressonância magnética na avaliação das reações periosteais
- Validação do conceito risco de débito cardíaco diminuído
- Ressonância magnética de corpo inteiro na avaliação do comprometimento torácico na paracoccidioidomicose disseminada
- A ressonância magnética do quadril na avaliação de pacientes com artrite reumatóide: estudo descritivo