Bioecologia de Sipha flava (Forbes, 1884) (Hemiptera: Aphididae) e Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) em forrageiras .

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi avaliar alguns aspectos da interaÃÃo de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) com sua presa Sipha flava (Forbes, 1884) (Hemiptera: Aphididae) em gramÃneas forrageiras. O trabalho envolveu a avaliaÃÃo de aspectos biolÃgicos do afÃdeo em diferentes genÃtipos de capim-elefante [Pennisetum purpureum (Schum)] e tambÃm do efeito das temperaturas de 12, 16, 20, 24, 28 e 32ÂC sobre seu desenvolvimento, permitindo a elaboraÃÃo da tabela de esperanÃa de vida e fertilidade do afÃdeo. Estudou-se o impacto da temperatura na interaÃÃo de C. externa e de S. flava, avaliando-se a duraÃÃo e sobrevivÃncia do predador, bem como sua capacidade de consumo. A viabilidade do uso exclusivo de pÃlen de capim-elefante como dieta para larvas de C. externa, tambÃm foi testada, assim como os efeitos do fornecimento de pÃlen de duas forrageiras aos adultos do crisopÃdeo sobre alguns aspectos reprodutivos da espÃcie. Foram ainda realizados o levantamento das espÃcies de crisopÃdeos e o estudo da sua dinÃmica populacional em ambiente silvipastoril. Verificou-se que os genÃtipos Cameroon de Piracicaba e GuaÃu IZ2 foram os mais adequados ao desenvolvimento de S. flava, enquanto o Sem PÃlo proporcionou efeitos adversos ao pulgÃo, acarretando maior duraÃÃo, menor viabilidade de ninfas e menor taxa reprodutiva. As temperaturas de 20ÂC e 24ÂC foram as mais favorÃveis para o desenvolvimento desse inseto, por proporcionar maior sobrevivÃncia e fecundidade. A maior esperanÃa de vida ocorreu sob 12ÂC e a maior fertilidade especÃfica e fecundidade total foram verificadas a 24ÂC. A capacidade inata de aumentar em nÃmero foi menor a 12ÂC. Verificou-se decrÃscimo na duraÃÃo das fases de larva e de pupa de C. externa mediante o aumento da temperatura na faixa de 16 a 28ÂC, sendo que 12ÂC e 32ÂC nÃo proporcionaram o desenvolvimento adequado do inseto. Houve um incremento de cerca de 48 vezes no consumo de pulgÃes do primeiro para o terceiro instar, constatando-se um total de 10, 37 e 479 afÃdeos consumidos em cada um dos trÃs Ãnstares, respectivamente. A dieta composta exclusivamente por pÃlen de capim-elefante permitiu o completo desenvolvimento das larvas de C. externa, e efeitos positivos sobre a capacidade reprodutiva do predador foram conseguidos com a adiÃÃo de mel ao pÃlen das forrageiras. O pico populacional de adultos de crisopÃdeos foi coincidente com os menores registros para temperatura e precipitaÃÃo pluvial. Desta forma, evidenciou-se que fatores climÃticos e aqueles associados à alimentaÃÃo influenciam o desenvolvimento de C. externa e S. flava, e respostas na densidade populacional do inimigo natural foram constatadas como reflexo das condiÃÃes climÃticas e fenologia da planta.

ASSUNTO(S)

crisopÃdeo entomologia agricola afÃdeo ambiente agropastoril.

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