BiodigestÃo e co-digestÃo anaerÃbias de cama de frangos com Ãgua residuÃria de suinocultura / Anaerobics biodigestion and co-digestion of poultry litter with swine wastewater

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/07/2012

RESUMO

O Brasil apresenta grande potencialidade na produÃÃo de alimentos, porÃm, a produÃÃo em larga escala de grÃos e proteÃna animal tem levado ao aumento da geraÃÃo de resÃduos. Este fato justifica o estudo de prÃticas de reciclagem, tais como a biodigestÃo e a co-digestÃo anaerÃbia de Ãguas residuÃrias e resÃduos sÃlidos oriundos de criatÃrios e beneficiamentos, pois a transformaÃÃo de resÃduos potencialmente poluidores em biofertilizante e biogÃs contribui para o saneamento eficaz e agrega valor ao produto final. Os resÃduos utilizados nesta pesquisa foram camas de frango de seis, sete e oito lotes, alÃm de Ãgua residuÃria da suinocultura (ARS) peneirada, proveniente de unidade produtora de leitÃes. Foram implantados dois ensaios: no primeiro ensaio, objetivou-se verificar qual dos processos, a biodigestÃo ou a co-digestÃo anaerÃbia apresentaria o maior potencial de produÃÃo de biogÃs. Com os resultados do primeiro ensaio, iniciou-se o segundo para determinar qual o melhor tempo de retenÃÃo hidrÃulica (40 ou 55 dias) em funÃÃo dos parÃmetros avaliados, a saber: pH; condutividade elÃtrica (CE); reduÃÃo de sÃlidos totais (ST) e sÃlidos volÃteis (SV); reduÃÃo da demanda quÃmica de oxigÃnio (DQO); teores de N, P, K, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe, Mn e Na, tanto no afluente quanto no efluente, alÃm dos potenciais de produÃÃo de biogÃs e anÃlise de coliformes totais e termotolerantes. Como resultados, observaram-se maiores produÃÃes de biogÃs (p<0,05) nos tratamentos em que se empregou a co-digestÃo anaerÃbia com ARS: 0,179; 0,158 e 0,117 m3 por kg de ST adicionados, para as camas de frango com seis, sete e oito lotes, respectivamente. Neste mesmo ensaio, nÃo se observou interaÃÃo entre os fatores (cama e Ãguas utilizadas) nem diferenÃas estatÃsticas entre os tratamentos para a reduÃÃo de DQO. Para o segundo ensaio, ao serem comparados os tempos de retenÃÃo hidrÃulica, observou-se produÃÃo de biogÃs estatisticamente maior (p<0,05) no tempo de 55 dias: 0,04; 0,05 e 0,03 m3 por kg ST adicionados, respectivamente, para as camas de frango com seis, sete e oito lotes. Quanto à reduÃÃo de DQO, as maiores reduÃÃes (p<0,05) foram observadas aos 55 dias: 45,83; 67,49 e 29,45%, respectivamente, para camas de seis, sete e oito lotes. NÃo foram observados coliformes totais nem termotolerantes no biofertilizante, em ambos os ensaios. Com relaÃÃo à composiÃÃo quÃmica dos biofertilizantes, observou-se, de maneira geral, maior concentraÃÃo de nutrientes no efluente quando comparado ao afluente, devido Ãs perdas de C via biogÃs, em ambos os ensaios. No primeiro ensaio, onde foram comparados os dois processos, houve aumento na concentraÃÃo de macronutrientes, no biofertilizante proveniente da co-digestÃo, os incrementos variaram desde 20,2% para o Ca atà 92% para o N. Para os micronutrientes, a variaÃÃo foi desde 55,2% para o Na atà 904,7% para o Cu. Concluiu-se que a co-digestÃo anaerÃbia entre Ãgua residuÃria de suinocultura peneirada e cama de frango com seis, sete ou oito lotes, com tempo de retenÃÃo hidrÃulica de 55 dias, à a melhor opÃÃo para a reciclagem energÃtica e de nutrientes, porÃm resulta em maior concentraÃÃo de Cu e Zn no biofertilizante

ASSUNTO(S)

biofertilizante biogÃs tratamento de resÃduos biogas waste treatment engenharia agricola biofertilizer

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