Biodegradable microparticulate drug delivery system of diltiazem HCl

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Pharm. Sci.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

A eficácia terapêutica de um fármaco depende da manutenção de seu nível plasmático adequado em determinado intervalo de tempo. Nesse sentido, a liberação modificada de fármacos está disponível em muitas vias de administração e oferece muitas vantagens (como micropartículas e nanopartículas) quando comparada às formulações de liberação imediata. Essas vantagens incluem reduzida frequência da dosagem, melhor controle terapêutico e menos efeitos colaterais. Assim sendo, esses produtos apresentam maior aceitação pelos pacientes. Os avanços na ciência dos materiais, na engenharia das partículas, em manufatura e em nanotecnologia permitiram a introdução no mercado de vários produtos de liberação modificada e vários outros se encontram em desenvolvimento pré-clínico e clínico. O objetivo do presente trabalho foi preparar e avaliar o fármaco cloridrato de diltiazem associado a micropartículas de albumina utilizando planejamento fatorial. As micropartículas de albumina, um polímero natural, foram preparadas por método de emulsão empregando estabilização por calor. As formulações selecionadas foram caracterizadas no que se refere à sua eficiência de encapsulamento, tamanho médio de partículas, morfologia de superfície e perfil de liberação do fármaco. A análise de variância relativa à eficiência de encapsulamento indicou superfície de resposta linear. Com referência à morfologia superficial, essa foi avaliada empregando microscopia eletrônica de varredura. Essa análise revelou micropartículas esféricas, não porosas e de aparência uniforme, com superfície lisa. O diâmetro médio das micropartículas foi entre 2 e 9 µm, sendo que mais de 75% das micropartículas se apresentaram abaixo de 3,5 µm. Além disso, a eficiência de encapsulamento foi entre 59,74 e 72,48%. Quanto ao ensaio para avaliação do perfil de liberação in vitro do fármaco associado às micropartículas, as formulações apresentaram liberação lenta até 24 horas. O comportamento foi caracterizado por liberação inicial (efeito burst) seguida por liberação lenta. Todas as fórmulas selecionadas apresentaram liberação prolongada por aproximadamente 24 horas. Na comparação entre os valores de coeficientes de regressão (R²), os modelos propostos por Hixson Crowel, Higuchi e Peppas, para diferentes formulações de micropartículas, demonstraram cinética de liberação de acordo com modelo Fickiano e não-Fickiano. O mecanismo de liberação do fármaco foi regulado pela razão entre o fármaco e o polímero. A análise estatística revelou significativo aumento da eficiência de encapsulamento quando essa razão aumentou. As avaliações relativas à análise dimensional das micropartículas, à eficiência de encapsulamento do fármaco e à morfologia permitiram a seleção da formulação DTM-3 para os ensaios de liberação in vivo e para o estudo da estabilidade. O ensaio de liberação in vivo do fármaco associado às micropartículas demonstrou sítio-alvo preferencial no fígado, seguido pelos pulmões rins e baço. No presente estudo, as micropartículas de albumina contendo cloridrato de diltiazem foram adequadamente preparadas e orientadas satisfatoriamente para vários órgãos. Além disso, a formulação selecionada apresentou estabilidade físico-química a 4 ºC.

ASSUNTO(S)

cloridrato de diltiazem cloridrato de diltiazem albumina formulações de micropartículas

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