Bioatividade de extratos etanólicos de Croton sobre Plutella xylostella (L) e ação fumigante e composição química de óleos essenciais de Croton grevioides (Baill.) sobre Zabrotes subfasciatus (Boheman). / Bioactivity of ethanolic extracts of Croton Against Plutella xylostella (L.) and fumigant action and chemical composition of essential oils from species of Croton grevioides (Baill.) Against Zabrotes subfasciatus (Boheman.)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

As plantas constituem fontes naturais de substâncias inseticidas, e vêm sendo utilizadas pela humanidade desde a antiguidade. As plantas medicinais apresentam grandes quantidades de compostos secundários como alcalóides, terpenos, flavonóides e esteróides, que promovem alta resistência ao ataque de pragas e de doenças. O gênero Croton, que é constituído por espécies que ocorrem naturalmente no estado de Pernambuco, onde muitas delas são utilizadas na medicina popular. Estas plantas se caracterizam pela produção de óleo essencial e detém expressiva relevância alicerçada em suas fontes de componentes fixos e voláteis com reconhecida atividade biológica no tratamento de várias enfermidades. O conhecimento de que plantas medicinais apresentam alta resistência ao ataque de doenças e pragas motivou a investigação do potencial inseticida de extratos etanólicos brutos de diferentes partes de plantas do gênero Croton no controle de Plutella xylostella L. e do efeito fumigante de óleo s essenciais da espécie C. grewioides contra Zabrotes subfasciatus Boheman. Todas as plantas investigadas são nativas do bioma pernambucano com uso na medicina popular pela comunidade onde sua ocorrência é registrada. Os extratos brutos foram obtidos por maceração a frio, utilizando como solvente o etanol, a partir de folhas e caules das espécies Croton jacobinensis Baill, C. micans Muell., C.rhamnifolius H.B.K. e C. sellowii Baill. Já o óleo essencial foi obtido por hidrodestilação a partir de folhas e caule de C. grewioides. Os extratos obtidos foram diluídos em concentrações previamente determinadas mediante experimento piloto e tiveram suas atividades testadas sobre o desenvolvimento e sobrevivência de Plutella xylostella L. Para isto, com auxílio de torre de Potter, discos de oito cm de diâmetro de folhas de couve, Brassica oleracea var. acephala L., foram pulverizados com diferentes concentrações dos extratos etanólicos, e oferecidos às larvas confinadas em placas de Petri. Dentre os extratos estudados, o extrato etanólico de folhas de C. rhamnifolium foi o mais tóxico à fase larval, seguido do extrato etanólico de caule da mesma espécie, apresentando CL50 de 14,95 e 42,40μg mL-1, respectivamente. Observou-se ainda uma interferência do extrato de C. rhamnifolius no desenvolvimento de P. xylostella. O óleo essencial obtido a partir do caule e folhas de Croton grewioides Baill. foi analisado por CG/EM. Um total de 22 compostos foi identificado. A classe química predominante foi fenilpropanóide, cujo representante majoritário, o (E)-anetol apresentou percentual de 65,5% no óleo de folha, e 47,8% no óleo do caule. Bioensaio de fumigação foi realizado contra o caruncho do feijão Z. subfasciatus. O óleo essencial de folhas foi cerca de 3,4 vezes mais tóxico eficaz do que o óleo essencial do caule cujos valores estimados para a CL50 foram 4,0 e 13,7 μgL-1 de ar, respectivamente.

ASSUNTO(S)

diamond backmoth inseticidas naturais natural insecticidals entomologia agricola Óleos essenciais croton grevioides zabrotes subfasciatus euphorbiaceae essential oils mexican bean weevil traça-das-crucíferas caruncho do feijão croton plutella xylostella

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