Bioacumulação de metilmercúrio em tecidos de peixes no rio Roosevelt, Sudoeste da Bacia Amazônica

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Ambient. Água

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-09

RESUMO

Resumo O mercúrio tem sido um dos principais poluentes no sistema do rio Amazonas, cujos níveis em peixes e cabelo humano são geralmente acima dos limites recomendados pelos órgãos de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a concentração de metilmercúrio (MeHg) em tecidos de peixes do rio Roosevelt. Os atributos medidos do rio foram a velocidade da água, profundidade, pH, temperatura, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, e profundidade. Cinquenta espécimes distribuídas em 14 espécies de peixes foram coletadas. A ordem Characiformes representou 64,3% das espécies amostradas e os carnívoros representaram 71,4%. Cinquenta por cento das espécies apresentaram concentrações de MeHg acima do limite (Hg-T 0,5 mg kg-1) estabelecido para os alimentos pela Organização Mundial de Saúde. Cichla monoculus apresentou o maior valor de MeHg (2,45 mg kg-1). A concentração de MeHg variou por hábitos alimentares. Este estudo demonstrou bioacumulação de MeHg em tecidos de peixes, como segue: carnívoros > detritívoros > frugívoros. Baixas correlações entre peso ou cumprimento de peixe e MeHg foram encontradas. Recomenda-se um estudo mais aprofundado de contaminação do MeHg em tecidos de peixes consumidos nas comunidades ribeirinhas na bacia do rio Roosevelt.

ASSUNTO(S)

biomagnificação contaminação química poluição aquática.

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