BIFENILOS POLICLORADOS (PCBs) EM MILHO E FARINHA DE MILHO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL / POLYCHLORINATED BIPHENYLS (PCBs) IN CORN AND CORNFLOUR FROM RIO GRANDE DO SUL STATE

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/06/2011

RESUMO

Devido a alta toxicidade, a produção e comercialização dos bifenilos policlorados (PCBs) estão proibidas em todo mundo. Esses compostos aromáticos foram utilizados industrialmente desde a década de 30. Propriedades físicas interessantes, tais como a resistência a altas temperaturas e correntes elétricas, são responsáveis pela grande utilização e produção mundial dos PCBs. Sendo que desta produção grande parcela entrou para o meio ambiente, principalmente devido ao descarte inadequado de equipamentos eletro-eletrônicos antigos, contaminando a água e o solo. São compostos não biodegradáveis, que se acumulam no meio ambiente, influenciando todos os organismos da cadeia alimentar. A partir de estudos realizados, constatou-se o seu efeito nocivo no homem, sendo a ingestão através de alimentos contaminados a principal via de exposição. Sabe-se, pela sua importância histórica na sobrevivência humana, que os cereais são parte essencial em nossa alimentação. Dentre os cereais, o milho recebe amplo destaque, sendo o grão mais consumido no mundo. Diante disso, aliado com a persistência dos PCBs e seus efeitos maléficos ao homem, o objetivo do presente trabalho foi determinar os níveis de PCBs em milho e farinha de milho de diferentes regiões do estado do Rio Grande do Sul, coletados nos anos de 2009 e 2010, correlacionando os níveis destes compostos a região de coleta, ano de produção, teor de gordura e tipo de farinha. A determinação dos resíduos de PCBs foi realizada por cromatógrafo a gás acoplado a espectrometria de massas (GC-MS), usando modos de ionização por impacto de elétrons e ionização química negativa, após a extração dos compostos através do uso de ultrassom. Foram encontrados valores médios de 0,01 ng g-1 para o PCB 10, 0,04 ng g-1 para o PCB 28, 0,10 ng g-1 para o PCB 52, 0,14 ng g-1 para o PCB 153, 0,40 ng g-1 para o PCB 138 e 0,38 ng g-1 para o PCB 180. O PCB 138 foi o mais freqüente, sendo detectado em 63,57% das amostras, seguido dos PCBs 180 (58,27%), 52 (41,72%), 153 (41,05%), 28 (20,52%) e 10 (7,28%). As amostras provenientes das regiões nordeste e metropolitana foram as que apresentaram as maiores contaminações. Além disso, houve uma diminuição das contaminações no ano de 2010 quando comparado com o ano de 2009. Outro fator relevante foi a maior contaminação encontrada nas farinhas de milho em relação ao grão. Diferença que se mostrou significativa para os PCBs 52, 138, 153 e 180. No que diz respeito às análises das farinhas houve uma diferença significativa para todos os congêneres na correlação com os percentuais de gordura.

ASSUNTO(S)

gc-ms ciencia e tecnologia de alimentos farinha de milho milho bifenilos policlorados polychlorinated biphenyls cornflour corn gc-ms

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