Barreira funcional intestinal, absorÃÃo e biodisponibilidade de Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida em pacientes com tuberculose pulmonar ativa / Functional intestinal barrier, absorption and bioavailability of Rifampin, Isoniazid and Pyrazinamide in patients with active pulmunary tuberculosis

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Baixas concentraÃÃes sÃricas de drogas antituberculose podem ser causa da resistÃncia de Mycobacterium tuberculosis Ãs drogas utilizadas para tratamento, a qual à mais freqÃente em pacientes em tratamento irregular, mas pode ser verificada em pacientes em tratamento diretamente observado. Os objetivos desse estudo foram avaliar a permeabilidade intestinal e a biodisponibilidade de rifampicina, isoniazida e pirazinamida em pacientes com tuberculose pulmonar ativa. Realizou-se estudo transversal controlado. No perÃodo entre julho de 2004 e dezembro de 2005 foram selecionados 56 pacientes consecutivos com tuberculose pulmonar ativa, atendidos no Centro de SaÃde Carlos Ribeiro em Fortaleza, Cearà e 29 controles sadios recrutados entre profissionais de saÃde, seus familiares e vizinhos para avaliaÃÃo da permeabilidade intestinal. Foram coletadas informaÃÃes sociodemogrÃficas e exames bioquÃmicos e realizou-se o teste de lactulose/manitol de todos. Os primeiros 30 casos de tuberculose e os 29 controles dessa amostra foram selecionados para a avaliaÃÃo da biodisponibilidade sÃrica de rifampicina, isoniazida e pirazinamida em amostras coletadas duas horas e seis horas depois da ingestÃo. A mÃdia de idade dos casos foi de 39,2  15 anos e a dos controles 34  11,0 (p=0,61). Eram do sexo masculino 71 % dos casos e 66% dos controles (p=0,57). O peso mÃdio dos casos (52,4  6,3 kg) foi significativamente menor do que o dos controles (71,1  14,0 kg) (p=0,014). Verificou-se menor excreÃÃo de lactulose entre os casos (mediana de 0,1721%; variando de 0,0-5.0139%) do que entre os controles (0,4301%; variando de 0,0-2,064) (p=0,049%); a excreÃÃo de manitol entre os casos foi 17,9910% (1,9567-71,5446%) e entre controles foi de 24,3899% (1,3883-63,0539%) (p=0,147); a relaÃÃo lactulose/manitol foi de 0,0095 (0,0-0,0759%) entre os casos e 0,0136 (0,0-0,0136%) entre os controles (p=0,018). A concentraÃÃo sÃrica mÃxima de rifampicina teve mÃdia de 1,46  0,72 Âg/ml nos casos e de 6,69  3,07 Âg/ml nos controles (p<0,001); a de isoniazida foi 2,62  1,53 Âg/ml entre os casos e 1,98  0,76 Âg/ml entre os controles (p=0,057) e a de pirazinamda foi de 44,10  10,40 Âg/ml entre os casos e 36,32  12,02 Âg/ml entre os controles (p=0,007). Quatro (13,3%) casos nÃo chegaram a alcanÃar os limites mÃnimos das concentraÃÃes normais esperadas de nenhuma das drogas de primeira linha para o tratamento da tuberculose; 21 (70,0%) alcanÃaram essa concentraÃÃo sÃrica apenas para uma droga (pirazinamida) e cinco (16,7%) apenas para duas drogas (pirazinamida e isoniazida). Nenhum caso alcanÃou as concentraÃÃes sÃricas normais esperadas para as trÃs drogas, simultaneamente. Em conclusÃo, observou-se reduÃÃo da absorÃÃo paracelular entre os pacientes com tuberculose bem como mà absorÃÃo intestinal de rifampicina e isoniazida. Estes resultados sugerem a necessidade da avaliaÃÃo de medidas para reduzir a mà absorÃÃo intestinal de drogas e evitar o retardo ou a impossibilidade de cura da doenÃa, bem como o risco de multirresistÃncia

ASSUNTO(S)

rifampina isoniazida drug resistance, bacterial resistÃncia bacteriana a drogas pirazinamida pyrazinamide antituberculosos tuberculose resistente a mÃltiplas drogas rifampin disponibilidade biolÃgica isoniazid tuberculose pulmonar antibiÃticos antituberculose intestinal absorption farmacologia clinica absorÃÃo intestinal antituberculosos biological availability tuberculosis, pulmonary

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