Baixa Prevalência de Eventos Adversos Maiores à Ecocardiografia sob Estresse Físico
AUTOR(ES)
Andrade, Stephanie Macedo, Telino, Caio José Coutinho Leal, Sousa, Antônio Carlos Sobral, Melo, Enaldo Vieira de, Teixeira, Carla Carolina Cardoso, Teixeira, Clarissa Karine Cardoso, Santana, Jaquiele Santos, Mota, Igor Larchert, Matos, Carlos José Oliveira de, Oliveira, Joselina Luzia Menezes
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/06/2016
RESUMO
Resumo Fundamento: A ecocardiografia sob estresse constitui metodologia validada para diagnóstico e estratificação de risco da doença arterial coronária. A ecocardiografia sob estresse físico (EEF) tem se destacado como a mais fisiológica dentre as modalidades de estresse, todavia sua segurança não está bem estabelecida. Objetivo: Estudar as complicações relacionadas à EEF e as variáveis clínicas e ecocardiográficas preditoras dessas ocorrências. Método: Estudo transversal composto por 10250 pacientes submetidos à EEF por conveniência, de janeiro de 2000 a junho de 2014. As arritmias cardíacas (AC) foram as complicações mais frequentemente encontradas durante o exame. Os voluntários foramdivididos em dois grupos, de acordo com a ocorrência de AC à EEF: grupo G1 - composto por pacientes que apresentaram AC e grupo G2 - formado por indivíduos que não exibiram tal complicação. Resultados: O grupo G1 com 2843 (27,7%) pacientes, e grupo G2 formado por 7407 (72,3%). Não foram registrados óbitos, infarto agudo do miocárdio, assistolia ou fibrilação ventricular. As extrassístoles supraventriculares (13,7%) e as ventriculares (11,5%) foram as AC predominantes. O grupo G1 apresentou idade média mais elevada, maior frequência de hipertensão arterial sistêmica e tabagismo, maiores dimensões da raiz da aorta e do átrio esquerdo (AE) e menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo que o G2. O grupo G1 exibiu também, mais alterações isquêmicas (p < 0,001). As variáveis preditoras foram idade (RR 1,04; [IC] 95% 1,038 - 1,049) e AE (RR 1,64; [IC] 95% 1,448 - 1,872). Conclusão: A presente investigação demonstrou que a EEF é uma modalidade segura, ocorrendo apenas complicações não-fatais. Idade avançada e aumento da dimensão do AE são preditores da presença de arritmias cardíacas.
ASSUNTO(S)
doença da arterial coronariana exercício / fisiologia ecocardiografia sob estresse teste de esforço segurança
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