Baixa mortalidade em 97 duodenopancreatectomias consecutivas: a experiência de um grupo
AUTOR(ES)
FONTES, Paulo Roberto Ott, WAECHTER, Fábio Luiz, NECTOUX, Mauro, SAMPAIO, José Artur, TEIXEIRA, Uirá Fernandes, PEREIRA-LIMA, Luiz
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
Contexto A duodenopancreatectomia é o procedimento de escolha para neoplasias ressecáveis da região periampolar. Estes tumores representam 4% dos óbitos por câncer, sendo referida como uma das mais baixas taxas de sobrevida em 5 anos. A cirurgia continua sendo um procedimento complexo com substancial morbi-mortalidade. Apesar dos relatos de até 30% de mortalidade, em serviços de excelência tem sido apontada como inferior a 5% e estudos recentes mostram que a pancreatojejunostomia representa o “tendão de Aquiles” do procedimento. Objetivo Avaliar a morbi-mortalidade em 30 dias nesta série de pacientes ressecados. Métodos Analisamos até o momento dados de 97 pacientes consecutivos submetidos à duodenopancreatectomia de julho de 2000 a dezembro de 2012. Todos os pacientes foram manejados pelo mesmo grupo e os dados obtidos de banco de dados específico do serviço. O objetivo principal era avaliar a mortalidade em 30 dias, mas também foi reportado os dados referentes ao espécime cirúrgico, a necessidade de ressecção vascular e complicações pós-operatórias (estase gástrica, fístula pancreática, pneumonia e taxa de reoperação). Resultados A mortalidade em 30 dias foi 2.1% (dois pacientes). Em 93.8% dos pacientes a ressecção foi completa com margem microscópica tumoral negativa e em 67.3% dos casos não se detectou linfonodos metastáticos ao estudo anatomopatológico. Entre as complicações pós-operatórias, foram relatadas 6% de estase gástrica prolongada, 10.3% de pneumonia, 10.3% de fístula pancreática e 1% de infecção no trajeto do dreno. Dois pacientes foram submetidos a reoperação devido a sangramento e hematoma infectado decorrente de fístula pancreática. Um paciente foi reoperado por obstrução intestinal por brida no 12º dia de pós-operatório. Conclusão A duodenopancreatectomia como tratamento das neoplasias periampolares é procedimento de baixa morbi-mortalidade em serviços com experiência em cirurgia hepatobiliopancreática, permanecendo como tratamento de primeira linha em pacientes ressecáveis.
ASSUNTO(S)
neoplasias pancreáticas pancreaticoduodenectomia mortalidade
Documentos Relacionados
- Cinquenta pancreatectomias consecutivas sem mortalidade
- Correlação entre achados macro e microscópicos em 200 autópsias consecutivas: análise do valor custo/benefício do estudo histopatológico completo das autópsias
- Frequência de critérios morfológicos de adenocarcinoma da próstata em 387 biópsias de agulha da próstata consecutivas: com ênfase na localização e no número de nucléolos
- Treinamento de pais em grupo: um relato de experiência
- Experiência dos acadêmicos de enfermagem em um grupo de pesquisa