Bactérias resistentes e multirresistentes a antibióticos nos pacientes internados em uma UTI de adultos de hospital universitário brasileiro
AUTOR(ES)
Rodolfo Henriques de Carvalho
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Infecções hospitalares causadas por bactérias resistentes a antibióticos representam um problema expressivo quanto à morbidade, mortalidade e custos hospitalares, especialmente em unidades de terapia intensiva. Esse trabalho avaliou as freqüências de fenótipos de resistência a antimicrobianos dos patógenos epidemiologicamente importantes, isolados de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) em pacientes críticos e de infecções de trato urinário (ITU) e de corrente sangüínea (ICS) em pacientes críticos e não críticos. Foi feita uma vigilância epidemiológica ativa na Unidade de Terapia Intensiva de adultos (UTIA) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), no período de um ano, coletando-se dados e espécimes clínicos para diagnóstico de PAV e ITU; além da coleta de dados no laboratório do HC para definir as ICS em pacientes críticos e não críticos e as ITU em unidades não críticas; adicionalmente, foram realizados no período do estudo, inquéritos mensais da prescrição de antimicrobianos na UTIA. Houve um predomínio do Staphylococcus spp coagulase negativo como agente etiológico das ICS em pacientes críticos (24,6%) e não críticos (30,6%) com 60,0% dos isolados resistentes a oxacilina; da tribo Klebsielleae (23,4%) e da E. coli (29,6%) como causa de ITU em pacientes críticos e não críticos, respectivamente, com resistência acima de 20,0% às cefalosporinas de terceira geração e da P. aeruginosa (42,0%) em isolados de PAV, com resistência acima de 70,0% para imipenem e fluoroquinolonas. A pesquisa do consumo de antibióticos na UTIA apontou as cefalosporinas (49,6%), seguidas por vancomicina (37,4%) e carbapenêmicos (26,6%) como os antimicrobianos mais prescritos na unidade. Comparando nossos achados com outros estudos epidemiológicos em unidades críticas e não críticas nacionais e internacionais, observou-se um elevado isolamento de fenótipos de resistência em nosso hospital, principalmente entre os Gramnegativos, entretanto, não foram observadas variações importantes entre o percentual de fenótipos de resistência aos antimicrobianos isolados nas unidades críticas e não críticas, o que sugere que estes fenótipos se encontram disseminados no hospital, exceto a P. aeruginosa cuja freqüência de resistência foi mais expressiva nos isolados obtidos de pacientes críticos do que aqueles de unidades não críticas.
ASSUNTO(S)
epidemiologia nosocomial infection infecção hospitalar imunologia aplicada multirresistant microorganisms microrganismos multirresistentes epidemiology
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1240Documentos Relacionados
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